Alerta: novo golpe por aproximação de celular causa prejuízo a comerciantes

Os comerciantes estão preocupados com o mais novo golpe com cartão de aproximação. A nova modalidade consiste em simular o pagamento de uma compra, que normalmente é de produtos de alto valor, alterando o funcionamento das máquinas. Com o bug, os aparelhos chegam a emitir o comprovante da compra.

Um caso chamou atenção neste final de semana em Brasília. Lojistas da Feira dos Importados identificaram um suspeito de estar aplicando esse golpe e ameaçaram linchar o homem. Segundo os comerciantes, o golpe é recorrente no local. A confusão foi parar na delegacia onde o suspeito passou a noite, mas foi liberado após pagamento de fiança.

Na ocasião, criminosos adquiriram mercadorias por meio do pagamento por aproximação de celular. Eles fazem a compra pelo smartphone e ao aproximar do aparelho, a máquina de cartão emite o som de transação realizada e emite o comprovante. Apesar disso, o dinheiro não vai para a conta do proprietário do estabelecimento. Em um áudio que circula na internet, um estelionatário explica como consegue efetivar a compra.

“Os caras fizeram scriptzinho, um aplicativo que cadastra um cartão que não existe e esse script dá um bug na máquina da Stone. Aí você coloca um valor de R$50 mil, você encosta o telefone com o aplicativo ligado na máquina, o papel vai subir de R$50 mil, como se o aplicativo do telefone estivesse imprimindo o papel da máquina mandando um sinal pra máquina imprimir o papel. Não tem pagamento, não dá pagamento na máquina, só sobe o papel. O cara não sabe o papel subiu com o valor, aí, beleza, a compra tá aprovada”, detalha o criminoso que cita a Stone, uma marca de máquina de cartão.

A Polícia Civil de Goiás, ainda não tem registro desse tipo de situação, de acordo com o Observatório da Secretaria Estadual de Segurança Pública. A orientação de especialistas é conferir se o valor foi efetivamente creditado e procurar a delegacia pra registrar ocorrência, se for vítima. O crime de estelionato tem pena de reclusão de um a cinco anos e multa, conforme o Código Penal.

Golpe também fora das lojas

O sistema de aproximação funciona por meio de uma tecnologia chamada NFC, uma sigla em inglês para “pagamento por campo de proximidade”. A lógica empregada é a mesma de catracas de transporte público, chaves e crachás. A facilidade vem sendo utilizada também para outro tipo de crime, dessa vez diretamente em pessoas na rua.

Em geral, o golpe ocorre em lugares cheios e com pessoas que carregam o cartão por aproximação no bolso. Os estelionatários colocam as máquinas de cartão em uma curta distância dessa região do corpo da vítima e pagam valores de compras que eles já haviam simulado no aparelho.

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Mais de 1.200 veículos são retirados dos pátios de delegacia

A Polícia Civil de Goiás, em ação conjunta com o Tribunal de Justiça de Goiás, visando agilidade no processo de destinação de veículos apreendidos, estabeleceu uma força-tarefa para possibilitar o encaminhamento dos veículos para alienação realizada pela Comissão de Leilão do TJGO.

Destaca-se o trabalho realizado no Pátio 2 da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores, onde apenas em 90 dias foram retirados e enviados para o leiloeiro credenciado mais de 600 veículos automotores.

Veículos apreendidos

O total no ano passa de 1.200 veículos retirados dos pátios 1 e 2 da DERFRVA, sejam devolvidos aos proprietários ou encaminhados para alienação pelo TJGO ou Departamento Estadual de Trânsito de Goiás.

Os veículos foram apreendidos há longo lapso temporal, sofrendo deterioração, e sendo vendidos em leilão. Os valores ficam em conta judicial para futura destinação, evitando o aumento da depreciação do bem.

O trabalho consistiu na atuação de diversos atores, ficando a cargo da Polícia Civil, que até então tinha a guarda desses veículos, elaborar detalhado controle sobre os veículos apreendidos, com indicação de procedimentos, pedidos de destinação e demais informações pertinentes.

Já o TJGO providenciou a elaboração da avaliação dos veículos pelo oficial de Justiça, bem como decisão acerca da destinação cabível para cada um dos veículos, a cargo da Comissão de Leilão.

Também é importante destacar a atuação da Supervisão da PCGO, que atuou na coordenação dos trabalhos conjuntos, e da Superintendência de Polícia Técnico-Científica na elaboração de laudos dos veículos que ainda não tinham sido periciados.

O esforço constante ao longo de ano e, principalmente, o trabalho conjunto da PCGO com o TJGO possibilitou maior controle do espaço, com possibilidade de atendimento da demanda, bem como o esvaziamento de grande parte do terreno ocupado pelo Pátio 2, onde será construído o primeiro bloco do novo Complexo Estadual da Polícia Civil.

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