Alexandre Magalhães discorda com indicação de PROS para vice de Caiado

A indicação do deputado estadual Lincoln Tejota (PROS) para a vaga de vice na chapa de Ronaldo Caiado (DEM) tem repercutido dentro dos partidos que formam a base de apoio à candidatura do senador ao governo do Estado. Políticos que integram a base majoritária são contra a indicação de Tejota para o cargo e isso tem gerado um clima de instabilidade como revelou o presidente do Partido Social Democrata Cristão em Goiás (PSDC), Alexandre Magalhães.

Um dos maiores problemas, segundo o presidente, foi a falta de uma consulta do DEM aos outros aliados da base do candidato. “A Democracia Cristã não foi consultada em momento algum, e eu sei que alguns deputados federais também não foram consultados”, afirmou Alexandre Magalhães. Para ele, é um erro fechar com antecedência a chapa majoritária. “Minha posição seria aguardar mais um pouco para escolher um partido para vir para a vice, nós temos 15 a 20 dias de articulação ainda”.

Outra questão levantada por Alexandre é a de que o PROS não teria um histórico dos mais exemplares para ser um partido aliado da base de Caiado e muito menos para emplacar um vice na chapa do senador.

Em entrevista a Rádio Bons Ventos, o presidente da Democracia Cristã disse que o Partido caminha com o senador Ronaldo Caiado até o momento, mas que tudo pode acontecer até as convenções de acontecem no fim desse mês e no inicio de agosto. “Se ele achar que minha opinião não vale até as convenções a gente pode tomar outro lado”.

Alexandre Magalhães disse que não entende porque as decisões foram tomadas sem consultar os partidos apoiadores da base. “O que dói o coração da gente, o que deixa a gente triste é que não foi colocado na mesa para discutir”. O presidente afirmou ainda, que vai trabalhar para reverter essa indicação de vice para o PROS e apresentar nomes melhor preparados para compor a chapa para o governo do Estado. “Eu vou trabalhar a minha parte para trazer um vice para o Caiado para a gente ganhar a eleição no primeiro turno”.

Com informações do Jornal Diário de Goiás.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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