Alexânia: Mulher denuncia fraude em benefício do INSS; PF investiga o caso

Alexânia: Mulher denuncia fraude em benefício do INSS; PF investiga o caso

Uma moradora de Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, denunciou uma fraude na concessão de benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) à Polícia Civil e foi encaminhada para a Polícia Federal. A mulher afirma que mais de R$ 72 mil foram sacados em nome dela em uma agência do Rio de Janeiro, cidade para onde nunca teria viajado. 

O valor seria referente a um antigo auxílio que foi reativado automaticamente e pode ser descontado de uma pensão por morte do marido. Elisete Silva, de 27 anos afirmou em depoimento que foram dois saques em 28 de junho deste ano, sendo um de R$ 65.597,41 e outro de R$ 7.061,55. 

A mulher, que tem três filhos, chegou a receber um benefício do INSS dos 6 aos 17 anos de idade por ter epilepsia. Em 2011, o salário foi suspenso e reativado automaticamente em junho do ano passado com depósito retroativo a 2017. Ela afirma que não pediu nem sabia dos novos pagamentos.

“Eu não precisei mais e não pedi mais nada no INSS, até que meu marido morreu no Natal do ano passado. Em janeiro eu entrei com um pedido de pensão pela morte dele e ficava sempre em avaliação, até que eles me pediram para escolher entre ter o benefício pela morte do meu marido ou o da minha epilepsia”, afirmou em entrevista ao G1 Goiás.

O receio dela é ter descontos na pensão, que foi solicitada há seis meses e aguarda análise da autarquia. A mulher está desempregada e precisa do dinheiro para sustentar as crianças de 6, 4 e 1 ano de idade. 

Se for comprovada a concessão indevida mediante fraude, o segurado pode ser condenado a devolver os valores recebidos com reajuste monetário e ainda responder criminalmente por sendo condenado a 2 a 6 anos de reclusão, além de multa.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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