Michelle Bolsonaro estaria utilizando sua influência no PL para estabelecer um núcleo de poder formado por mulheres ‘feministas leais’, conforme afirmam aliados do bolsonarismo. Eles acusam a ex-primeira-dama de priorizar seus planos pessoais em detrimento das estratégias eleitorais do grupo de Jair Bolsonaro. Para dirigentes do partido, Michelle está buscando eleger senadoras alinhadas exclusivamente a ela, o que ampliaria seu peso interno, formando um bloco ‘michelista’. Esse movimento é visto como uma tentativa de consolidar um centro de influência próprio dentro do partido pela ex-primeira-dama. O embate entre Michelle e os filhos de Jair Bolsonaro, especialmente Flávio, pela liderança do espólio político do ex-presidente em meio a um contexto de disputas internas, tem sido destacado por lideranças do PL. No Ceará, a pressão de Michelle pela candidatura da vereadora Priscila Costa ao Senado coloca em conflito o presidente estadual do PL, André Fernandes, que deseja lançar seu pai, Alcides. Este cenário demonstra um conflito velado entre a ex-primeira-dama e os interesses locais do PL, evidenciando suas divergências e estratégias distintas. Em Santa Catarina, a disputa se repete, com Michelle apoiando Caroline de Toni para o Senado, enquanto a vaga do PL foi reservada para Carlos Bolsonaro. A presidente do PL Mulher no estado, Ana Campagnolo, protestou publicamente contra a preterição de Carol em prol de Carlos, sinalizando uma divisão no partido. No Distrito Federal, Michelle respalda Bia Kicis para o Senado, desagradando aliados tradicionais de Bolsonaro, como o governador Ibaneis Rocha. Esses conflitos internos reforçam a percepção de que Michelle busca fortalecer um grupo próprio de influência no PL, desafiando as estruturas estabelecidas pelo bolsonarismo.