O presidente Lula (PT) passou a ver Hugo Motta (Republicanos-PB) sem rumo à frente da Câmara e avalia que a instabilidade no comando da Casa pode tornar o cenário ainda mais difícil em 2026, segundo aliados próximos ao Planalto. A percepção ganhou força após decisões recentes tomadas de forma inesperada, como pautar o projeto da dosimetria na madrugada e conduzir, em sequência, as votações sobre as cassações de Glauber Braga (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP). No entorno de Lula, Motta é descrito como imprevisível e inseguro, alguém que não consegue dar direção política clara à Câmara. O presidente evita críticas públicas, mas aliados dizem que a confiança se perdeu após o parlamentar romper acordos, como ao acelerar a tramitação do projeto que derrubava o decreto do IOF e anunciar a decisão pelas redes sociais. Tentativas de aproximação, inclusive com acenos eleitorais na Paraíba, não tiveram resposta considerada satisfatória, reforçando a leitura de que Motta evita se comprometer com qualquer campo.




