Nos primeiros dias do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), advogados dos réus do chamado ‘núcleo crucial’ causaram um impacto negativo para Jair Bolsonaro ao tentar diminuir a responsabilidade dos acusados. Isso aconteceu logo no início do processo, quando o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira optou por transferir a responsabilidade por um eventual golpe ao ex-presidente, provocando uma reação imediata de seus aliados.
A tática adotada por Nogueira de implicar Bolsonaro em um plano golpista foi vista como ‘suicida’ e ‘desleal’ por seus aliados, que criticaram veementemente a estratégia do ex-ministro. A tentativa de jogar a responsabilidade nos ombros do ex-presidente foi vista como uma manobra arriscada e antiética, gerando ainda mais controvérsia em torno do caso.
Essa transferência de culpa logo no início do julgamento foi considerada uma estratégia de alto risco, uma vez que poderia enfraquecer a defesa dos acusados e trazer mais problemas para Bolsonaro. Os advogados do ‘núcleo crucial’ enfrentaram uma reação negativa do público e da imprensa, que questionaram a legitimidade da manobra realizada por Nogueira.
A reação imediata dos aliados de Bolsonaro evidenciou a insatisfação e a surpresa com a atitude do ex-ministro da Defesa, refletindo a divisão no campo político em relação ao caso. A forma como Nogueira tentou prejudicar Bolsonaro foi vista como uma traição pelos seus apoiadores, que não pouparam críticas à sua conduta durante o julgamento no STF.
Ao transferir a responsabilidade por um possível golpe ao ex-presidente, Paulo Sérgio Nogueira colocou sua própria reputação em xeque, sendo duramente censurado por seus aliados e admiradores. A polêmica instaurada pela estratégia adotada durante o julgamento trouxe à tona os conflitos internos no cenário político, evidenciando a fragilidade das alianças e a complexidade do cenário atual.