Aliados de Bolsonaro buscam “aberrações jurídicas” em análise de denúncia

Caso não encontrem elementos, Partido Liberal orienta bancada a seguir com postagens contra presidente Lula

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (DE) assistem ao julgamento que pode torná-lo réu com uma lupa para procurar por “aberrações jurídicas”. É isso que pretendem explorar em postagens em redes sociais para comentar a análise da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em curso nesta terça-feira (25).

Caso não encontrem elementos para contestar juridicamente a denúncia, a orientação do Partido Liberal é ignorar o julgamento e manter o foco das postagens nas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo membros da sigla.

Muitos parlamentares aliados afirmaram à CNN que não veriam o julgamento por “falta de vontade” e por não aguardarem “boas surpresas”.

Bolsonaro pegou aliados próximos quase de surpresa ao escolher ir ao STF para acompanhar a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) direto do plenário da Primeira Turma.

Alguns souberam da estratégia minutos antes da chegada do ex-presidente ao prédio, que fica no anexo do Supremo.

Outros foram alertados e correram para o local para tentar entrar na sessão. O acesso, no entanto, foi vetado para alguns. Bolsonaristas chegaram a afirmar que havia pelo menos 20 poltronas vazias e que não haveria, portanto, superlotação. Pelo menos nove parlamentares conseguiram entrar e acompanhar o julgamento da denúncia de dentro do plenário.