Aliança com Marconi pode destruir campanha de Mendanha, diz Jorcelino Braga

O presidente do Patriota e coordenador do marketing de Gustavo Mendanha, Jorcelino Braga, disse que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) usa a Associação Goiana dos ex-prefeitos de Goiás (Agexp) para atrapalhar a campanha do ex-prefeito de Aparecida. De acordo com ele, as investidas do candidato ao senado resultaram na crise do projeto eleitoral de Mendanha.

“Ele (Marconi) está utilizando essa associação para obter benefício próprio, atrapalhando muito a campanha do Gustavo Mendanha”, disse Braga em entrevista ao Jornal O Popular.

A princípio, os líderes da Agexp eram favoráveis a uma aliança entre o tucano e o candidato a governador do Patriotas no 1º turno e estimularam o diálogo entre os dois. Inclusive, Mendanha estava sintonizado com Marconi, com quem mantinha uma conversa constante.

No entanto, ao notar que os desgastes do tucano poderiam lhe prejudicar eleitoralmente, além da resistência do grupo de Braga (Patriotas) a uma aliança formal, Mendanha se afastou do ex-governador.

Preocupado com um resultado negativo nas urnas, Braga recomenda a Perillo e Mendanha que trabalhem juntos, mas de forma velada.

“Não deu certo para estar junto direto, mas estaremos por vias indiretas. Nossas pesquisas internas demonstram que essa aproximação pode destruir a campanha do Gustavo”, disse Braga.

Vale ressaltar que Marconi acumula desgaste desde a campanha de 2018, ano em que chegou a ser detido pela Polícia Federal. Por outro lado, a campanha de Mendanha encontra dificuldades de deslanchar, com poucos aliados e as pesquisas apontando perspectiva de vitória do governador Ronaldo Caiado (UB) já no 1º turno.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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