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Alimentos e bebidas puxam alta da inflação de novembro

Última atualização 12/12/2023 | 16:02

Alimentos e bebidas foram os itens que mais pesaram no bolso do consumidor em novembro. A inflação do mês alcançou 0,28% no mês, superando a taxa de outubro em 0,04 ponto percentual. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 12.

O grupo de alimentos e bebidas registrou variação de 0,63%, influenciado por condições climáticas afetando a colheita. No acumulado do ano, a inflação atinge 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses fica em 4,68%, abaixo dos 4,82% do período anterior.

Seis dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, com a alimentação e bebidas liderando, registrando variação de 0,75%. Itens como cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%) e carnes (1,37%) contribuíram para esse aumento, enquanto tomate (-6,69%) e cenoura (-5,66%) registraram quedas.

Quem gosta de um bom restaurante também sentiu mudança. A alimentação fora do domicílio registrou alta em novembro, de 0,32%, mas desacelerou em relação ao mês anterior, quando teve expansão de 0,42% nos preços. A alta da refeição (0,34%) também foi menos intensa que a registrada em outubro (0,48%).

O grupo de Habitação teve alta de 0,48%, impulsionado por reajustes em serviços públicos, especialmente na energia elétrica residencial, que fechou o mês com preços 1,07% acima do mês anterior, por conta dos reajustes aplicados em quatro cidades.

Uma delas, Goiânia (6,13%), com reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; em Brasília (4,02%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; em São Paulo (2,80%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro; e em Porto Alegre (0,91%), de 1,41% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

Transportes, por sua vez, aumentaram 0,27%, destacando-se o aumento nas passagens aéreas (19,12%) e a redução nos preços dos combustíveis. O grupo ainda foi afetado pela alta do táxi (2,22%), que decorre dos reajustes de 6,67% aplicado em São Paulo (6,02%), a partir de 28 de outubro, e de 20,84% aplicado em Porto Alegre (5,69%), a partir de 9 de outubro.

Diferenças Regionais

O Rio de Janeiro liderou as variações regionais com uma inflação de 0,57%, influenciada por passagens aéreas e taxa de água e esgoto. Em contrapartida, São Luís apresentou uma queda de 0,39%, principalmente devido à redução nos preços da gasolina.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,10%, acumulando 3,14% no ano. Destaca-se a variação de 0,57% nos produtos alimentícios, contrastando com a variação negativa de 0,05% nos não alimentícios.

As variações nos índices apontam desafios econômicos, com a alimentação e habitação sendo os principais impulsionadores. A análise regional destaca disparidades, exigindo medidas específicas para cada área.