Almoço fora de casa é mais barato em Goiânia do que no resto do país

Não que seja barato, mas, comer fora de casa em Goiânia custa bem menos em relação a outras capitais brasileiras. O preço médio do almoço é R$ 27,94, enquanto na Região Centro-Oeste chega a R$ 34,20. Os número se referem ao levantamento mais recente, feito sobre o período de fevereiro a abril deste ano. Os dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) já consideram os aumentos relativos a todos os custos, como os alimentos, aluguel e energia elétrica dos estabelecimentos.

Para o País, o levantamento apontou que o consumidor paga R$ 40,64 por uma refeição completa (comida, bebida, sobremesa e café). A pesquisa anterior, de 2019,  encontrou preço 17% mais barato: R$ 34,62. A mais cara foi encontrada em São Luís, no Maranhão, por R$ 51,91 na refeição completa.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurante em Goiás (Abrasel-GO), Danilo Ramos, explica que a refeição considerada não é exclusivamente a servida como self service. Ele considera que apesar de terem ocorridos reajustes, o acréscimo pago pelo goianiense não representa lucro para o empresário do setor, que precisa driblar diversos custos para manter o negócio funcionando.

“Além da questão de mais acesso a insumo, eu acredito que a concorrência em Goiânia explique esse dado de refeição mais barata do País. Os restaurantes e lanchonetes acabam oferecendo um serviço melhor e competem pelo preço. Isso beneficia o consumidor”, acredita. 

A pandemia fez com que cerca de 300 estabelecimentos fechassem as portas, mas, por outro lado, surgiram oportunidades de negócios no segmento. Danilo explica que para sobreviver, os empresários têm ficado ainda mais atentos aos custos de ficha técnica com registro de todas as referências relevantes da preparação de alimentos e bebidas e ainda aos fixos e variáveis, como gás de cozinha.

“Tudo é acompanhado semanalmente e o repasse é feito de maneira estratégica. Trocamos um insumo de custo alto por outro para continuarmos atrativos e não termo impacto nas contas. Um exemplo é a substituição de proteína bovina por suína ou de frango”, detalha.

Com leite e derivados, frutas, feijão e pão francês com altas em junho e julho, conforme sugere o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se alimentar fora de caso foi o que mais pesou no bolso da população. A chamada prévia da inflação subiu 1,27% em neste mês comparado ao anterior , que foi de 0,74%.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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