Almoço solidário de Natal em Franca: Voluntários reuniram mais de 2 mil pessoas em evento emocionante.

Voluntários promovem almoço solidário de Natal para mais de duas mil pessoas em Franca, SP

A oitava edição do ‘Almoço do Bem’ reuniu famílias carentes, associações de deficientes visuais e físicos, além de moradores de rua e albergues. O evento ofereceu diversão e um brinde para cada convidado.

A solidariedade e o clima de Natal são os ingredientes principais do ‘Almoço do Bem’, em Franca (SP). O evento, que está na oitava edição, ofereceu almoço, música, brincadeiras, além de um presente para cada uma das mais de 2 mil pessoas que participaram da ação.

A maioria não tinha onde passar o Natal. O almoço preparado com carinho por 200 voluntários foi oferecido para famílias carentes, deficientes visuais e físicos, além de moradores de rua e albergues da cidade.

> “São famílias que muitas vezes nunca entraram em um restaurante, nunca foram servidos, nunca viram uma música ao vivo, nunca foram dentro de um salão e aqui eles estão felizes demais. Eles esperam o ano inteiro. Aqui é um pedacinho do céu. Tem crianças que nunca comemoram um chocolate e hoje eles vão poder comer a caixa inteira”, diz a organizadora Rosinha Aylon.

Para deixar o Natal ainda melhor, os adultos ganharam um panetone e as crianças, um brinquedo e uma sacola surpresa com guloseimas. O que pode parecer pouco para muitos fez o dia dessas pessoas ser inesquecível.

Para a Eliete Aparecida da Silva, de 40 anos, o evento é a materialização do espírito de amor do Natal.

> “A gente vê os amigos, conhece pessoas novas, vê muita coisa diferente que a gente não vê assim, sai de casa. A gente vê pessoas mais limitadas que a gente e como falam, Natal é amor e reaproximar dos amigos.”

Para conseguir atender todas as pessoas, o grupo de voluntários se divide entre a cozinha, a organização, a recreação, entre tantas outras funções. O que não pode faltar é a estrela do dia, o Papai Noel.

O funcionário público Edson Sérgio faz questão de participar do evento e ajudar as pessoas como pode. Dessa vez, se vestiu de Papai Noel.

> “Não tem valor que pague você dar um agrado pra uma criança, fazer o bem para uma pessoa que precisa realmente. Então o melhor dia do ano pra gente é esse dia, a gente tem que realmente agradecer a Deus por poder estar aqui ajudando todo mundo.”

Como o público é grande, um Papai Noel não foi suficiente. O reforço foi garantido com a presença do aposentado Aroldo de Oliveira, que fez questão de participar do evento e espalhar solidariedade.

“Pra mim, é muito importante. Todo ano eu faço isso, vou em vários lugares, eu me sinto muito bem, é gratificante poder fazer isso.”

O sentimento é compartilhado pela cozinheira Mara Gomes. Ela ficou responsável por levar um pouco de amor para cada um dos convidados através da comida.

> “É muito gratificante, é com muito amor que fazemos essa comida. Dá muito trabalho, mas cada um aqui colocou um pinguinho de amor, para poder servir a comida para cada pessoa que está aqui. Nós amamos fazer isso com muita dedicação.”

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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