Aloysio Nunes é o novo ministro das Relações Exteriores

O presidente Michel Temer escolheu o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Aloysio substituirá senador tucano José Serra, que pediu demissão do comando do Itamaraty por causa de problemas de saúde.

Temer e o Aloysio Nunes se encontraram no início da tarde de hoje (2), no Palácio do Planalto, para fecharem os últimos detalhes da indicação. Como novo chanceler, caberá a Aloysio Nunes representar o Brasil em compromissos internacionais e junto a embaixadas estrangeiras no Brasil, além de chefiar as delegações brasileiras no exterior. Em maio, depois que Temer assumiu a Presidência, ainda na interinidade, Nunes foi escolhido para a liderança do governo no Senado.

De acordo com o Palácio do Planalto, Aloysio Nunes e o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Osmar Serraglio, cuja confirmação no cargo foi feita há uma semana, tomarão posse na próxima terça-feira (7), às 15h30.

O anúncio de Fereira como titular das Relações Exteriores foi feito nesta tarde pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola. Segundo ele, o parlamentar é um homem público com “larga experiência política” no Executivo e no Legislativo e possui uma “longa trajetória” em defesa das causas da diplomacia brasileira e da agenda internacional do Brasil.

“Seu período como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado é exemplo claro do elevado valor e das importantes contribuições que o senador Aloysio Nunes traz para a promoção e a defesa dos interesses de nossa política externa”, afirmou o porta-voz.

Perfil

Aloysio Nunes Ferreira tem 71 anos e é senador desde 2011. Na eleição presidencial de 2014, concorreu como vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que chegou ao segundo turno mas acabou sendo derrotado pela chapa Dilma Rousseff/Michel Temer. Além de ter exercido mandatos de deputado estadual e federal por São Paulo, o tucano Ferreira foi vice-governador do estado de 1991 a 1994.

No governo Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, de 1999 a 2001, e comandou o Ministério da Justiça, em 2001 e 2002. Formado em direito pela Universidade de São Paulo, o novo ministro ficou exilado na França no período da ditadura militar, onde se formou em economia política e fez mestrado em ciência política pela Universidade de Paris. No lugar de Aloysio Nunes no Senado, assumirá o primeiro suplente, Airton Sandoval (PMDB-SP).

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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