Alpinista que foi dar apoio no resgate da Juliana Marins mostra acampamento e
equipamentos em trilha na Indonésia; vídeo
O homem identificado como Agam, que é alpinista e guia na Indonésia, foi junto
com outro homem apoiar o resgate daJuliana Marins, que caiu durante uma trilha
no vulcão Rinjani.
Alpinista mostra equipamentos para resgate de Juliana Marins
Alpinista mostra equipamentos para resgate de Juliana Marins
Um dos alpinistas experiente que foi dar apoio ao resgate da brasileira Juliana
Marins, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia,
postou vídeos do local onde eles estão acampados. O homem identificado como Agam está
com um parceiro a caminho do local do acidente – que fica a mais de 6 horas do início da trilha.
No vídeo postado por ele dá para notar que visibilidade no local é ruim. A
trilha é muito escura e ele está com lanternas. Ele mostra cordas, capacetes,
uma maca e outros equipamentos. O vídeo foi postado pouco mais de meia-noite do
horário local.
Agam também mostra outra barraca no acampamento e mantimentos como água.
O Parque Nacional do Monte Rinjani fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda
Ocidental, e o fuso horário local está 11 horas à frente de Brasília. Às 5h
desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas
haviam sido novamente interrompidas, 3 dias depois do acidente, e que não havia informações sobre como a niteroiense
está.
“Às 16h do horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido por
condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao
entardecer por não operarem à noite.”
Mapa mostra onde Juliana caiu’ — Foto: Reprodução/TV Globo
Nas redes sociais, Agam disse que só para a operação de resgate quando
alcançarem a jovem.
O ponto onde Juliana foi localizada parece estar entre 500 e 600 metros abaixo
no desfiladeiro.
CRÍTICAS
O perfil criado pela irmã de Juliana para dar informações sobre o caso fez
críticas às autoridades da Indonésia.
“O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a
trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de
saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma
noite sem resgate por negligência!”, escreveu.
Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma,
eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem
planejamento, competência e estrutura!”
O resgate havia sido suspenso neste domingo (22) também por causa das condições
climáticas difíceis, com muita neblina.
A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem
esperança de que ela seja encontrada.
Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na
trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O
grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada
para continuar.
“O guia falou: ‘então descansa’ e seguiu viagem. A gente tinha recebido a
informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído.
Não foi isso que aconteceu”.
“O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas
informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou
e caiu. Abandonaram Juliana”, disse Mariana.