Após o incidente envolvendo o atolamento de dois aviões no pátio do Aeroporto de Fernando de Noronha, a administradora Dix Aeroportos solicitou uma alteração na malha aérea da ilha com o objetivo de evitar a presença simultânea de mais de uma aeronave no local. A medida foi tomada visando garantir a segurança das operações aéreas na região. O primeiro incidente ocorreu no dia 22 de junho, quando um avião da Azul ficou atolado, seguido por outro incidente no dia 29 de junho, envolvendo um avião da Gol. Ambos os eventos foram causados pelo cedimento do asfalto na área de taxiamento.
A solicitação de mudança na programação de voos foi feita às companhias aéreas Azul, Gol e Latam, a fim de evitar a presença simultânea de aeronaves no pátio do aeroporto. A medida, considerada necessária para garantir a segurança das operações aéreas em Fernando de Noronha, foi confirmada pelo diretor da Dix Aeroportos, Samuel Prado. A Azul prontamente alterou a malha aérea da ilha, com ajustes pontuais nos horários de voos, enquanto a Gol e a Latam ainda não se pronunciaram sobre possíveis alterações em suas operações.
A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi) realizou uma manutenção emergencial na área afetada no pátio do aeroporto e planeja iniciar uma reforma completa a partir de 15 de julho. A obra definitiva foi programada para garantir a segurança e a funcionalidade das operações aéreas em Fernando de Noronha. A ação da Semobi foi motivada pela necessidade de reparos no asfalto cedido, que levou ao atolamento dos aviões. Além disso, a secretaria busca alternativas para o envio de novos insumos à ilha, considerando que os materiais previamente destinados à obra estavam em um navio que naufragou.
O Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiram uma nota conjunta cobrando explicações do governo de Pernambuco pelos incidentes no Aeroporto de Fernando de Noronha. Os órgãos alertaram para o risco à segurança aeroportuária e questionaram a funcionalidade da pista de taxiamento. Técnicos da Anac inspecionaram o aeroporto e estão concluindo um relatório sobre a situação. A proibição de operações de aerojatos na ilha, devido às condições da pista, tem impactado as rotas das companhias aéreas, com readequações nas operações para garantir a segurança dos voos. A requalificação do aeroporto, com custo estimado em R$ 60 milhões, tem como objetivo melhorar a infraestrutura aeroportuária e as condições de operação na região.