O governo optou por enviar representantes do segundo escalão para o debate considerado crucial na COP sobre descarbonização na cadeia de óleo e gás. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, não compareceu, enviando seu secretário de Óleo e Gás, Renato Cabral Dias Dutra, em seu lugar. Da mesma forma, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, faltou à reunião, sendo representada pela diretora global de Descarbonização e Mudança Climática, Viviane Canhão.

A ausência do alto escalão do governo levou a que a prioridade de Lula na área, um mapa para a transição dos combustíveis fósseis, fosse ignorada durante o debate na COP. Essa questão tinha sido destacada pelo presidente em discursos anteriores, mas não recebeu a devida atenção na reunião. O presidente da COP, embaixador André Corrêa do Lago, também não pôde comparecer devido a outra reunião com indígenas que bloqueavam o acesso à blue zone nesta sexta-feira.

O painel principal do Dia da Energia na COP, intitulado “Colaborando para acelerar a descarbonização na indústria de óleo e gás”, teve foco na apresentação de medidas em curso para reduzir a emissão de carbono na indústria petrolífera global. Participaram do painel nomes importantes do setor, como Patrick Pouyanné da TotalEnergies e Marcelo Mena do The Global Methane, entre outros.

A Petrobras, que havia evitado a COP anteriormente por receio de protestos relacionados à exploração de petróleo na margem equatorial, também teve sua representação no evento. No entanto, a falta do alto escalão do governo brasileiro comprometeu a abordagem do debate, deixando de lado questões importantes levantadas por Lula. Por outro lado, o grupo Oil & Gas Decarbonization Charter (OGDC), composto por diferentes petroleiras, debateu sobre a descarbonização na indústria, ressaltando a importância dessas medidas para um futuro mais sustentável.