Aluna da Unifor representará Brasil na HNMUN 2025 em Harvard.

Aluna da Unifor representará o Brasil na maior simulação da ONU no mundo

Estudante do curso de Direito da Unifor, Fernanda Lancaster foi selecionada para participar da Harvard National Model United Nations, nos Estados Unidos.

A simulação acontecerá dos dias 30 de janeiro até 2 de fevereiro de — Foto: Duda Barroso

A Harvard Model United Nations (HNMUN) é uma das maiores e mais prestigiadas simulações da ONU do mundo, reunindo anualmente jovens líderes de mais de 50 países na cidade de Boston, nos Estados Unidos. No evento, mais de 4.000 estudantes debatem questões globais complexas, desenvolvendo habilidades essenciais como oratória, liderança e negociação.

Participar dessa conferência é uma oportunidade incomparável de crescimento pessoal e networking com pessoas de todo o mundo. Essa chance chegou às mãos de Fernanda Lancaster, estudante do curso de Direito da Universidade de Fortaleza, instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz. A jovem será uma das representantes do Brasil na 72ª edição da Harvard Model United Nations, que acontece de 30 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025.

Ao ser selecionada para a HNMUN, Fernanda vivenciou um momento decisivo em sua vida acadêmica. “Estava convencida de que não teria chance, afinal, era Harvard, um sonho distante”, revela. No entanto, no dia 15 de fevereiro deste ano, a aluna recebeu um e-mail comunicando sua aprovação para representar o Brasil na simulação. “Foi um momento indescritível, uma alegria que não consigo explicar”, conta.

Desde cedo, a estudante desenvolveu uma paixão por história, política e pelos movimentos jurídicos internacionais, áreas que sempre despertaram sua curiosidade. A busca por desafios acadêmicos a levou a participar de competições de debates e júris simulados na Unifor, além de procurar por novas oportunidades, como a HNMUN.

Para ela, o evento internacional representa a chance de mergulhar em um novo universo, com um novo país, língua, experiências e debates urgentes sobre questões globais, para os quais a juventude deve ser protagonista.

Fernanda Lancaster, aluna do curso de Direito — Foto: Divulgação

“Representar o Brasil na HNMUN é um sonho que carrega uma enorme responsabilidade e expectativas incríveis. Desejo poder mostrar a força da juventude brasileira, transformando o conhecimento teórico em uma experiência prática e transformadora, buscando demonstrar nossa capacidade de articulação e liderança nos debates internacionais” — Fernanda Lancaster, aluna do curso de Direito

Para conquistar uma vaga na HNMUN, Fernanda contou com o apoio de cartas de recomendação, que foram fundamentais para sua aprovação. Sua trajetória foi marcada por uma importante atividade no Grupo de Trabalho de Emprego do G20, onde atuou como oficial de ligação durante a recepção de ministros e suas delegações.

“Fui alocada para interagir com diplomatas do Itamaraty e membros da ONU, recebendo delegações de países como Japão, EUA, Emirados Árabes e Espanha”, relata a estudante. Seu desempenho e dedicação nesse projeto, além dos vínculos afetivos criados, resultaram nas cartas de recomendação.

Para garantir um bom desempenho na simulação, Fernanda está se preparando intensamente por meio do Instituto Diplomun, o maior grupo acadêmico de preparação para simulações de Harvard e Yale na América Latina.

A jovem acredita que a experiência na HNMUN será decisiva para sua formação acadêmica e profissional: “Essa vivência me permitirá conectar a teoria jurídica aprendida na graduação com práticas internacionais, especialmente em áreas como direito internacional e diplomacia”.

A Unifor teve um papel essencial na preparação de Fernanda para o evento. A Universidade, com sua sólida formação acadêmica e programas de extensão, tem sido crucial no desenvolvimento de habilidades de comunicação e pensamento crítico. “Os professores incentivam os alunos a irem além da sala de aula e a pensar de maneira estratégica, o que foi fundamental para minha preparação para desafios internacionais”, ressalta a aluna.

Além disso, o curso de Direito da Unifor proporcionou a Fernanda uma base sólida para entender questões globais complexas. Disciplinas como Direito Internacional, Direitos Humanos e Sociologia ajudaram a desenvolver sua visão crítica e multidisciplinar sobre os desafios contemporâneos.

A participação da estudante na 72ª edição da Harvard Model United Nations reforça o prestígio da formação pela Unifor e destaca o talento e a determinação de seus alunos em representar o Brasil em eventos internacionais de grande porte.

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Médico psiquiatra em São Benedito é alvo de ação civil por recebimento indevido de mais de R$ 17 mil

O médico psiquiatra, que recebeu indevidamente mais de R$ 17 mil da prefeitura de São Benedito, no Ceará, está sendo alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Segundo as investigações, o profissional não comparecia às consultas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município, prejudicando assim o atendimento aos pacientes com sofrimento mental grave. O Ministério Público requer na ação o afastamento do médico, bem como o ressarcimento do valor recebido de forma ilícita.

O psiquiatra em questão foi empossado em 2012 e deveria cumprir uma carga horária de 100 horas mensais, porém, conforme apurado, ele cumpria apenas 4 horas por semana, totalizando 16 horas por mês. As denúncias anônimas dos pacientes do Caps foram fundamentais para a descoberta da conduta ilícita do profissional de saúde. O Ministério Público considera que essa prática configurou enriquecimento ilícito, causando lesão ao erário municipal.

Além de pedir o afastamento cautelar do médico, o MP solicita também o bloqueio dos bens do servidor no valor correspondente ao prejuízo ao município de São Benedito, que inicialmente é de R$ 268.350,16. A omissão da prefeitura ao arquivar o Processo Administrativo Disciplinar instaurado contra o médico é apontada como grave pelo órgão ministerial, que busca ainda a suspensão do pagamento dos proventos pelo município.

Conforme a ação movida pela 1ª Promotoria de Justiça de São Benedito, a Prefeitura de São Benedito demonstrou descaso com o interesse público ao não adotar medidas efetivas para coibir a prática ilícita do servidor. O Ministério Público requer ainda que o servidor e o município sejam condenados a pagar danos morais coletivos ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos do Estado do Ceará, no valor mínimo de R$ 50 mil cada, como forma de compensar os prejuízos causados aos pacientes dos Caps.

Em meio a essas acusações e solicitações do Ministério Público, a Prefeitura de São Benedito não se pronunciou às tentativas de contato feitas pelo órgão de imprensa de forma independente, deixando a situação ainda mais tensa. Resta aguardar o desenrolar dos processos judiciais para que a justiça seja feita e os danos causados aos pacientes e ao erário municipal sejam reparados devidamente.

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