Uma aluna do curso de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó (SC), causou grande surpresa e indignação entre seus colegas ao revelar que gastou aproximadamente R$ 77 mil arrecadados para a festa de formatura em apostas online, incluindo o “Jogo do Tigrinho”. A denúncia foi feita pelos próprios estudantes, que estavam contando com o valor para a realização do evento, marcado para o dia 22 de fevereiro.
A estudante, que era presidente da comissão de formatura, se ofereceu para gerenciar o fundo do evento, que foi acumulado ao longo de três anos. Os colegas descobriram o problema cerca de um mês antes da festa, quando a empresa responsável pela organização informou que apenas um adiantamento de R$ 2 mil havia sido pago, e não o valor total de R$ 76.992.
Em 27 de janeiro, a suspeita admitiu seu envolvimento, confessando que havia perdido todo o dinheiro do evento em apostas online. Ela então sumiu e ficou inacessível para os colegas. A Polícia Civil iniciou uma investigação para determinar se houve apropriação indébita ou estelionato, e já solicitou à Justiça o rastreamento dos valores para tentar recuperá-los. Por sua vez, os alunos começaram uma vaquinha online para tentar arrecadar o dinheiro necessário para a formatura.
A aluna enviou uma mensagem no grupo de WhatsApp da turma, explicando sua situação: “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo”, escreveu.
Em defesa da estudante, o advogado Joel Sustakovski enviou uma nota ao G1, afirmando que a suspeita pretende ressarcir os colegas e que todas as medidas legais serão tomadas para tentar reaver os valores perdidos. A defesa também destacou que a aluna utilizou recursos próprios, além do dinheiro da formatura, e que o total gasto ultrapassou o valor destinado ao evento.