Aluna viraliza ao criticar soja na merenda escolar após um ano: prefeitura de Juazeiro do Norte promete mais carne

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Aluna que viralizou ao criticar a merenda escolar já reclamava há um ano sobre a soja nas refeições

Secretaria da Educação de Juazeiro do Norte, cidade onde a criança estuda, informou que, devido a um problema no abastecimento de carne, a soja foi utilizada como substituto, o que, segundo a pasta, “pode ter se tornado repetitivo para alguns estudantes”.

Criança viraliza ao cobrar carne na refeição escolar: ‘Ninguém aguenta mais soja’

Maria de Fátima, aluna de 9 anos de uma escola municipal em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, viralizou após reclamar do excesso de soja nas refeições escolares. Em entrevista ao DE, a mãe da menina revelou que, há cerca de um ano, a estudante já vinha criticando a frequência com que a soja era servida.

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> “Tem quase uma ano já que ela fala. Era todos os dias. Um dia arroz com soja,
> cuscuz com soja, pão com soja e assim sucessivamente”, disse Alane Pinheiro,
> mãe de Maria de Fátima.

O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, informou que houve um problema no último pedido de carne ao fornecedor. A Secretaria de Educação do município explicou que, devido ao déficit no abastecimento de carne, a soja foi utilizada como substituto, o que, segundo a pasta, “pode ter se tornado repetitivo para alguns estudantes”.

A gestão municipal confirmou que a soja faz parte do cardápio de refeições escolares e está prevista para ser servida apenas uma vez a cada quinze dias, em uma quantidade bem inferior à das proteínas como carne e frango.

➡️ Entenda: O valor per capita da soja é de cerca de 15g por aluno, enquanto a carne, por exemplo, é servida em uma porção de 65g.

No entanto, em casos de um problema no abastecimento de carne, como ocorreu recentemente, a soja passou a ser utilizada como substituto, assim como ovos e sardinha. Segundo a Secretaria, isso pode ter causado a repetição da soja em algumas refeições, o que foi notado por alguns estudantes.

A Secretaria ainda esclareceu que a quantidade de proteína servida nas refeições escolares segue as orientações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). De acordo com a pasta, todas as refeições completas, como almoço e jantar, contêm proteínas cárneas. Além disso, fontes alternativas de proteína, como leite, ovos, feijão, sardinha e soja, também são consideradas no cálculo da ingestão total de proteínas.

ALUNA CHEGOU A LEVAR COMIDA DE CASA

Alane tem mais dois filhos que estudam na mesma escola: um menino de 14 anos e uma menina de 2. O garoto também se queixou à mãe sobre a frequência da soja nas refeições. Já Maria de Fátima chegou a levar comida de casa para lidar com a situação.

> “Quando ela levava de casa, não sentia muito, mas a escola falou que não podia
> levar, pois eles tinham que comer da escola. Aí parei de mandar, mas ela
> reclamava porque não aguentava mais comer a soja”, disse.

PREFEITURA ANUNCIA AQUISIÇÃO DE MAIS PROTEÍNA

Prefeito de Juazeiro do Norte mostra estoque do depósito da merenda escolar

Na manhã desta segunda-feira (9), o prefeito Glêdson Bezerra realizou uma live nas redes sociais e explicou que houve um problema no último pedido de carne para o fornecedor. Segundo ele, dos 17 mil kg de carne solicitados pela Prefeitura, apenas 9 mil kg foram entregues.

O prefeito acrescentou que a Prefeitura abriu um processo administrativo interno para investigar as causas dessa falha no abastecimento. Além disso, Glêdson que o processo de aquisição de mais proteína está em fase de conclusão e deverá ser finalizado até a próxima quarta-feira (11). Novos fornecedores da agricultura familiar estão sendo considerados, com opções que incluem carne vermelha e filé de peixe.

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