Aluno “presenteia” professora negra com esponja de aço em Ceilândia

Um aluno “presentou” uma professora negra com uma esponja de aço no Dia Internacional da Mulher. Sob risos dos colegas, o adolescente entregou a sacola enquanto era filmado pelos estudantes de uma turma do terceiro ano. O caso ocorreu no Centro de Ensino Médio (CEM) de Ceilândia, no Distrito Federal, e outros alunos da sala de aula relataram que este ato foi uma atitude conscientemente machista e racista contra a mulher negra.

No vídeo mostra o constrangimento da professora de Português, ela aceita o presente, e diz tudo o que vem, volta. Alguns estudantes ainda relataram que a viram chorando. Ainda de acordo com um estudante, o aluno que entregou a esponja chegou a brigar com outras pessoas que criticaram a atitude dele e ainda os chamou de “beta nojento”.

O termo “beta” é muito utilizado dentro de um universo de misoginia, onde indica que um homem é submisso a uma mulher. Esta é uma das expressões utilizadas pelo o coach Thiago Schutz, que viralizou com cortes de podcasts fazendo afirmações machistas sob a ótica de uma superioridade masculina.

“Alunas mulheres e negras ficaram muito ofendidas com aquilo. Quando eu e minha namorada soubemos, denunciamos para a direção”, disse o garoto que testemunhou a repercussão na escola.

Em áudio enviado a grupos de WhatsApp, o aluno que deu a esponja de aço para a professora ameaça repetir a atitude com outras meninas. “Não me testa, que eu vou te dar um ‘bombril’. Não me testa. Se você apelar, vai ficar ruim para ‘tu’.”

A comunidade escolar ficou chocada, e mais ainda pelo ocorrido ter sido no Dia da Mulher. Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) disse que a direção da escola tem autonomia para conduzir o caso. Eles informaram ter recebido a denúncia na segunda-feira, 13, e vão se reunir com o estudante e com a professora “para demais esclarecimentos”.

“A pasta ressalta, ainda, que repudia qualquer tipo de preconceito e reforça o compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos.”

Assista ao vídeo: 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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