Alunos ameaçam fazer massacre em escola de Inhumas

Estudantes são identificados pela polícia após ameaça de massacre em colégio de Inhumas

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) identificou três estudantes que picharam ameaças de massacre no banheiro de um colégio estadual em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, nesta quarta-feira, 29. Os autores eram menores de idade e estudavam na escola. 

Segundo a corporação, os alunos escreveram, com tinta azul, que haveria um ”massacre” na instituição no dia 20 de março. Um boletim de ocorrência circunstanciado de ato infracional de ameaça foi registrado em desfavor dos alunos. 

A polícia informou ainda que todas as medidas necessárias para garantir a segurança de servidores e demais alunos do colégio foram tomadas. 

Oito casos de violência em escolas por dia

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), cerca de oitos chamados em razão de crises em instituições de ensino foram recebidas. Em todo o ano de 2022 foram registrados 104 chamados. Na análise dos dados feita pelo Diário do Estado (DE), o número de ocorrências este ano já é 115% maior. 

No topo da lista de situações estão desavenças entre alunos de torcidas rivais e ameaças de massacre, que ocorrem normalmente em vésperas de feriados ou nos finais de semana, com objetivo de suspender as aulas. 

O monitoramento e o acompanhamento dos problemas é realizado pela pasta dentro de uma perspectiva ampla, analisando todos os aspectos de vulnerabilidade.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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