Alunos da rede pública assistem aula sobre poluição de córregos e rios em Goiás

Alunos da rede pública de Goiás em ação educativa

Alunos da rede pública de Educação de Goiás participaram, na tarde desta terça-feira, 21, de uma aula sobre o uso consciente da água e o monitoramento dos índices de poluição em rios e córregos que cortam o Estado. A aula foi transmitida pela internet e fez parte da programação desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente para Semana da Água, com apoio da Secretaria de Educação.

O conteúdo foi ministrado pela gerente de Conservação de Mananciais da Saneago, Rafaela Wolff, e pela superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Camila Campos. O Dia Mundial da Água será celebrado nesta terça-feira, 22 de março.

Rafaela Wolff pautou a sua exposição em temas como proteção de mananciais, saneamento básico, sobre bacias hidrográficas e áreas de preservação permanente. “A exploração irresponsável do solo e da água pelo ser humano é o fator que mais provoca a degradação da área dos mananciais”, alertou a gerente.

Camila Campos deu uma aula sobre qualidade da água, biomonitoramento, formação do ecossistema aquático, saúde desses ecossistemas, e descreveu métodos para se aferir a qualidade dos corpos hídricos . “É importante sabermos as condições da qualidade da água, porque é algo que afeta diretamente as nossas vidas”, disse a superintendente. Ela contou o passo a passo para se fazer uma avaliação devida da água: coleta, medição em campo, transporte e análises laboratoriais.

Ação educativa

Pela manhã, Semad, Seduc e Saneago levaram os alunos ao Parque Bernardo Élis, em Goiânia, e ensinaram técnicas sobre medição da qualidade da água. Houve também apresentações culturais, oficinas e plantio de mudas.

Nessa quarta-feira, 22, acontece a abertura oficial da Semana da Água, com painéis e oficina técnicas. A programação completa está no Instagram e no site da Semad.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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