Professora previu tema da redação do Enem 2025 e fez projeto com alunos sobre
envelhecimento desde setembro
Estudantes da escola Miguel Carneiro da Cunha, na zona rural de Tianguá,
participaram de debates e produções de texto sobre desafios e perspectivas para
os idosos no Brasil.
Alunos de escola no Ceará tiveram meses com aulas sobre envelhecimento no
Brasil, tema da redação do Enem 2025 — Foto: Reprodução
Ainda era mês de setembro quando a professora Auricélia Brito iniciou um projeto
com os alunos em sala de aula. A missão era propor reflexões, atividades e a
produção de textos sobre os desafios da pessoa idosa no Brasil. Além de trazer
um tema importante para os adolescentes, ela fazia uma aposta no que poderia ser
o tema da redação do Enem 2025.
Na noite deste domingo (9), após a realização do primeiro dia de provas do exame
nacional, as mensagens de alunos não paravam de chegar. “Eram gritos e gritos no
meu celular. Eu quase não aguentei de alegria”, disse Auricélia, em entrevista
ao DE.
Os estudantes relataram que se sentiram preparados para fazer a redação com o
tema proposto pelo Enem 2025: ‘Perspectivas acerca do envelhecimento na
sociedade brasileira’.
Durante os meses de setembro e outubro, o assunto foi trabalhado com cerca de 50
alunos nas aulas de contraturno da escola de Ensino Médio Miguel Carneiro da
Cunha, situada a cerca de 9 quilômetros da sede de Tianguá, no interior do Ceará.
Em 10 anos de atividade, esta foi a primeira vez que a escola recebeu um projeto
voltado para falar dos idosos, explica a professora Auricélia Brito.
Com mais de 20 anos atuando na preparação de redações, ela conta que apostava
que o Enem 2025 poderia trazer dois temas: professores e a saúde mental ou
pessoas idosas. Para todo o mês de setembro, ela formulou um projeto sobre o
segundo tema.
“Eu tinha certeza que ia cair. Eu tinha essa certeza dentro de mim”, relata.
Assim, ela trouxe para os alunos conversas sobre o envelhecimento da população e
os desafios para os idosos no Brasil. O projeto foi realizado com quatro turmas
de alunos, em uma frequência de duas aulas por semana.
No início do mês, ela propôs que os estudantes pudessem fazer pesquisas para
adquirir um repertório: livros, filmes, músicas, falas de pensadores e
referências que pudessem ser usadas por eles.
Outra fonte de informações trazida por Auricélia para as turmas foi o Estatuto
do Idoso, marco legal que regula os direitos assegurados a essa população no
país.




