Alunos vencem concurso de curta-metragem sobre Zumbi e Dandara em Ribeirão Preto

Alunos de SP vencem prêmio com vídeo sobre Zumbi e Dandara dos Palmares; veja o curta-metragem

Vencedores da 9ª edição do Festival Afrominuto são estudantes do ensino fundamental de escola estadual em Ribeirão Preto.

Alunos de Ribeirão Preto vencem concurso de curta-metragem no Festival Afrominuto

Alunos da Escola Estadual Professor Ruben Cláudio Moreira, em Ribeirão Preto (DE), venceram a 9ª edição do Festival Afrominuto com um curta-metragem sobre a história de Zumbi e Dandara dos Palmares, símbolos da resistência negra e da luta por liberdade. (veja acima o vídeo na íntegra)

O grupo vencedor é formado por três alunos do ensino fundamental: Miguel Henrique Rodrigues, que interpretou Zumbi dos Palmares, Celynna de Oliveira Ribeiro, como Dandara, e Isabelly Veríssimo Venâncio, que fez toda a narração. A professora Daniela Cassiano foi quem coordenou todo o projeto e fala sobre a importância da iniciativa.

“Quando a gente foi convidado pra participar desse projeto, vem toda aquela questão de preparo mesmo, todo um planejamento, pensar no efeito que isso traria e fazer um bom trabalho. É de extrema importância o tema e a escola é o meio que a gente utiliza pra poder trabalhar esse respeito a diversidade, o combate ao preconceito, esse racismo estrutural, foi um projeto muito bacana”, diz.

O objetivo do festival é incentivar alunos das escolas estaduais de São Paulo a valorizar a cultura afro-brasileira e a diversidade étnico-racial. Os vencedores receberam o prêmio no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, na Faculdade Zumbi dos Palmares, na capital paulista.

O prêmio é dividido em quatro categorias: anos iniciais e finais do ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA ). A aluna Isabelly, em entrevista para a EPTV, afiliada da TV Globo, lembrou de todo o processo de gravação.

“Apesar de ter gravado várias vezes o áudio, eu adorei, foi incrível participar e ganhar em primeiro lugar. Ainda mais pra falar desse tema tão importante, homenageando o Dia da Consciência Negra. Acho que as pessoas não pensam antes de falar, hoje em dia tem muito preconceito, muito racismo”.

Durante o processo de gravação, os alunos puderam ler e aprender sobre a história do Zumbi e Dandara dos Palmares. Foi uma oportunidade para eles se aprofundarem na narrativa e compreender melhor termos como racismo estrutural e diversidade.

Zumbi dos Palmares é um dos principais representantes da resistência negra à escravidão no Brasil colonial. Um líder que lutou e foi morto em 20 de novembro de 1695, data que entrou para a história como Dia da Consciência Negra. Dandara era mulher de Zumbi, com quem teve três filhos, e ficou conhecida por ter sido uma importante guerreira do Quilombo.

Miguel conta que teve muito orgulho de interpretar Zumbi e o descreveu como valente. Foram dias de muito trabalho que conseguiram mudar a vida do estudante.

“Eu não me aceitava, porque eu não era tão assim de ficar de amigos, de gostar de alguém, era mais de ficar no meu canto, quieto. Respeitar a cor das pessoas é muito bom”.

Além de toda a dedicação dos alunos, a professora e coordenadora do projeto contou com a ajuda do marido. Daniela ficou responsável pela parte pedagógica, enquanto o companheiro auxiliou na captação e na edição final.

A professora comenta que a iniciativa não apenas desenvolve a criatividade dos alunos, mas também cria uma consciência maior sobre a relação com o outro. Apesar do racismo ser o ponto principal, outros temas como o bullying também apareceram durante o processo.

“Nós fomos fazendo todas as fotos nesse fundo verde e depois entrou o trabalho de edição. Antes das fotos a gente pensou em cada cena de acordo com a narrativa, qual seria a cena mais adequada, foram várias fotos até a gente conseguir as melhores pra depois com a edição fazer a montagem do vídeo”, afirma.

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Influenciadoras digitais de SP investigadas por lavagem de dinheiro em golpe de investimento: luxo e estelionato nas redes sociais

DE do tigrinho: polícia investiga influenciadoras digitais de SP por lavagem
de dinheiro obtido com ‘golpe do investimento’ no RS

Vítimas sofreram prejuízos que chegam até R$ 400 mil. Investigadas ostentam vida
de luxo nas redes sociais.

Influenciadoras investigadas ostentavam vida de luxo nas redes sociais —
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga duas influenciadoras digitais de
Campinas, em São
Paulo, por suposto envolvimento na lavagem de dinheiro que teria sido obtido por
meio “golpe do falso investimento” (saiba mais abaixo). Segundo a apuração, elas
promoviam o “jogo do tigrinho” nas redes sociais.

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Vítimas foram identificadas no RS, em SP e no Sergipe. Os prejuízos variam de R$
40 mil a R$ 400 mil.

Nesta quinta-feira (5), mandados de busca e apreensão foram cumpridos no RS, SP
e SE. Houve a apreensão de carros de luxo, celulares, cartões bancários,
computadores e pendrives. São apurados os crimes de estelionato, associação
criminosa e lavagem de dinheiro.

Além das influenciadoras, são alvos uma pessoa suspeita adquirir criptomoedas
para “lavar o dinheiro” obtido com os golpes e repassar para contas de uma
empresa de publicidade ligadas às duas, além de outras pessoas que fariam parte
do esquema, de acordo com a Polícia Civil.

Nas redes sociais, as duas influenciadoras ostentam uma vida de luxo, com
publicações de fotos e vídeos onde mostram a aquisição de carros milionários e
maços de dinheiro.

> “As influenciadoras, em suas páginas na internet, promovem especialmente
> propagandas de jogos ilegais, como o jogo do tigrinho, jogo da tarefa e também
> de bets”, explica a delegada responsável pela investigação, Luciane
> Bertoletti.

Porsche comprado pelas influenciadoras que foi apreendido pela polícia durante
operação — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil no RS começou a investigar o caso depois que uma vítima do
esquema procurou a delegacia de Canoas, na Região
Metropolitana de Porto Alegre, neste ano.

Ela contou que foi abordada na rua por uma pessoa que procurava o endereço de um
escritório de investimentos. O estelionatário puxou conversa, disse que havia
recebido uma herança e que ela deveria ser retirada no escritório. Em seguida,
outro criminoso apareceu e informou o endereço do escritório. Depois, o suposto
herdeiro encenou ter ligado para o local e mentiu que foi informado que
precisaria de duas testemunhas para ter acesso à quantia de R$ 2 milhões à qual
teria direito.

Enganada, a vítima foi até o local com a dupla e foi convencida a transferir R$
40 mil para uma conta, pois somente dessa forma a herança seria liberada – sob a
promessa de receber os R$ 40 mil de volta mais uma parte da herança.

A vítima e os estelionatários trocaram contatos, mas ela conta que nunca
conseguiu falar com eles. Ao buscar o suposto escritório de investimentos onde a
tratativa havia acontecido, foi surpreendido ao perceber que o espaço havia sido
desocupado. Foi assim que percebeu que havia sido vítima de um golpe, que a
polícia chama de “golpe do investimento”.

ESTRUTURA DO ESQUEMA

Ao longo da investigação, a Polícia Civil identificou um grupo para o qual era
transferido o dinheiro obtido com os golpes, em Passo Fundo, no Norte do Rio
Grande do Sul. Esse grupo repassava, então, o valor para criminosos no Sergipe,
responsáveis por administrar o dinheiro e as contas bancárias.

> “Esses valores, segundo apurado, seriam misturados com outros faturados pelas
> empresas das influenciadoras e outra parte convertidos em criptomoedas. Com a
> mescla do capital e a ocultação dos ativos provenientes de infrações penais,
> os investigados lavariam o dinheiro ilícito [que era transformado em lícito]”,
> explica a delegada Luciane.

Outros influenciadores que receberam dinheiro das vítimas também estão sendo
investigados, de acordo com a Polícia Civil.

VÍDEOS: TUDO SOBRE O RS

50 vídeos

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