Nesta semana é comemorada a amamentação, um ato de grande importância para a vida, mas, que infelizmente não é reconhecido como deve. Segundo uma alerta feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o fundo das Nações unidas para a Infância(Unicef), três em cada cinco bebês não são amamentados na primeira hora de vida, o que aumenta o risco de morte do recém nascido e reduz a possibilidade de que a amamentação seja mantida.
Um Relatório publicado pelas entidades destaca que recém-nascidos amamentados na primeira hora de vida são significativamente mais propensos a sobreviver. O simples atraso de algumas horas após o parto para a introdução do aleitamento materno pode, segundo o documento, gerar consequências ameaçadoras à saúde do bebê. A maioria dos bebês que não são amamentados na primeira hora de vida vivem em países de baixa e média renda.
“O contato pele com pele e o ato de mamar no seio estimulam a produção de leite pela mãe, incluindo o colostro, também conhecido como a primeira vacina do bebê, por ser extremamente rico em nutrientes e anticorpos”, reforçou a OMS. “Quando se trata de iniciar a amamentação, o tempo é tudo. Em muitos países, pode ser até mesmo uma questão de vida ou de morte”, completou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta H. Fore.
Mesmo se tratando de um processo natural, a amamentação não é um ato instintivo nas mulheres e deve ser aprendido, por isso, todas as mamães devem sempre ficar atentas para promover a saúde dos seus pequeninos, procurando sempre orientação.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre as principais complicações para amamentar o filho são, atualmente, o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho.
Diante desse cenário, para a SMS e a rede de apoio e incentivo à amamentação da unidade, a capacitação é fundamental para a saúde dos bebês, já que no local as mães contam com o auxilio de profissionais para orientá-las. ”Se na atenção básica e na hospitalar tivermos profissionais investindo na promoção da amamentação teremos um grande avanço. Pensando na base inicial da saúde, resolvemos possíveis problemas que poderiam ser desenvolvidos durante o crescimento das crianças”, ressaltou a assistente social da SMS, Rosa Martins Vieira.
Isadora Moraes, de 19 anos, mãe de sua primeira filha nascida na maternidade na última segunda-feira, 30, estava amamentando a pequena Isis e contou que as orientações recebidas na maternidade foram muito importantes para saúde da bebê. “A Isis dorme muito e para fazê-la mamar temos dificuldades, mas as dicas das enfermeiras e da minha mãe me auxiliam muito”, relatou.