Última atualização 18/01/2024 | 16:47
R$ 64,80. Esse foi o valor exato que a advogada Amanda Partata, indiciada por matar o pai e a avó do ex-namorado em Goiânia, desembolsou para comprar, pela internet, o veneno utilizado no crime ocorrido no dia 17 de dezembro e que vitimou Leonardo Pereira Alves e a mãe dele, Luzia Alves.
A compra de 100 ml da substância e não teve o nome revelado por precaução. De acordo com a investigação, a quantidade é suficiente para matar várias pessoas. O laudo da Polícia Científica apontou que a substância, considerada muito potente, foi colocada em dois potes de bolo. A substância não tem sabor ou odor.
A descoberta da trama se deu após mais de 300 testes para detectar o veneno nos corpos de Leonardo e Luzia, todos resultando negativos. Ainda segundo a Polícia Civil, Amanda, que agora se tornou acusada no caso, após denúncia do Ministério Público (MP), pesquisou quais exames detectavam o veneno utilizado por ela nos crimes.
Imagem divulgada pela polícia à imprensa mostraram buscas feitas pela acusada pelo celular: “análise de material biológico”, “qual exame de sangue detecta”, “intoxicação alimentar mata”, “tem como descobrir envenenamento” e se o veneno pesquisado tinha gosto. Após a polícia ter acesso à nota fiscal da compra do veneno, a perícia conseguiu testar e confirmar a presença dele nos corpos de Leonardo e Luzia.
Nesta semana, a advogada foi indiciada por homicídio consumado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) contra as vítimas. No caso de Luzia, o crime foi agravado em razão da idade da idosa, que tinha 86 anos. Também enfrenta acusações por ameaças constantes ao ex-namorado e sua família, utilizando seis perfis falsos e fazendo mais de 15 ligações diárias com pelo menos 100 números diferentes.
Além do homicídio duplamente qualificado, Amanda Partata enfrenta acusações por ameaças constantes ao ex-namorado e sua família, utilizando seis perfis falsos e fazendo mais de 15 ligações diárias com pelo menos 100 números diferentes.
Relembre
O caso veio à tona quando Leonardo Pereira Alves e sua mãe, Luzia Tereza Alves, morreram envenenados, após um café da manhã com alimentos comprados pela advogada Amanda Partata. A família contou que três horas após a ingestão, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia, sendo levados para o Hospital Santa Bárbara, onde foram internados. Entretanto, os dois não resistiram e morreram no mesmo dia.
A ex-nora também comeu doces, mas em menor quantidade e chegou a sentir os sintomas enquanto estava indo para Itumbiara, mas retornou para Goiânia devido ao incômodo. Em razão disso, a família desconfiou que o que teria causado as mortes fossem os doces. Na quarta-feira, 20, a advogada foi presa por suspeita de envolvimento na morte por envenenamento de Leonardo Pereira, e Luzia Tereza, mãe e filho.