Última atualização 16/04/2024 | 10:05
Resultados do exame de insanidade mental realizado em Amanda Partata Mortoza, acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, atestaram que a advogada tinha plena consciência do que estava fazendo ao oferecer alimentos contaminados às vítimas. O laudo destaca que Amanda agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime.
“Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo.
Amanda passou pelo exame após um pedido da defesa, acatado pela Justiça no início do mês de abril. A análise foi feita por uma junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás, que entrevistou Amanda e parentes da réu, a fim de entender o comportamento da advogada durante a infância.
O exame constatou, a partir do ponto de vista psiquiátrico forense, que a advogada não apresenta qualquer limitação cognitiva ou retardo mental. Além disso, não foi identificado qualquer evidência existente de doença mental.
Com isso, o resultado será anexado ao processo e Amanda continuará respondendo pelos crimes de duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio.
Relembre o caso
O envenenamento de Leandro e Luzia ocorreram em 17 de dezembro de 2023, após Amanda Partata ir até a casa do ex-sogro e oferecer uma cesta de café da manhã com produtos envenenados. Tanto a mãe quanto o filho comeram os alimentos contaminados e passaram mal. Eles foram levados ao hospital, mas não resistiram e faleceram.
Investigações da Polícia Civil de Goiás (PCGO) identificaram que a suspeita teve um relacionamento com o filho de Leonardo durante um curto período. Após o término, ela passou a proferir ameaças e chegou a mentir uma gravidez como tentativa de retomar o namoro. Além disso, a advogada ameaçava o namorado e a família dele constantemente por meio de seis perfis falsos em redes sociais e ligações com mais de 100 números diferentes.