Amazonas em 2024: Queimadas, seca histórica, mortes e polêmicas. Joe Biden e eleição de prefeito de Manaus são destaques.

O ano de 2024 foi marcado por uma série de acontecimentos intensos no Amazonas que deixaram marcas na região. A grave crise ambiental enfrentada pelo estado com recordes de queimadas florestais e uma seca histórica chamaram a atenção para a urgência das questões ambientais. Além disso, a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, trouxe à tona a tragédia de um grupo religioso familiar envolvido com o uso indiscriminado de drogas.

O mês de janeiro iniciou com o impactante caso da artista venezuelana Julieta Hernández, cujo corpo foi encontrado no Amazonas após 14 dias de seu desaparecimento. Outro destaque foi a participação da amazonense Isabelle Nogueira no reality Big Brother Brasil 2024, conquistando o terceiro lugar e chamando atenção com seu “vocabulário amazonês”.

O mês de fevereiro foi marcado por um surto de febre do Oropouche, colocando o Amazonas em alerta. Além disso, um delegado foi preso após denunciar um juiz por corrupção, enquanto a polícia federal investigava um instituto suspeito de manter trabalho análogo à escravidão.

A tragédia da morte da ex-sinhazinha Djidja Cardoso em maio abalou a região, revelando um grupo religioso envolvido com drogas. A visita histórica do presidente dos EUA, Joe Biden, à região também foi um dos destaques do ano.

Ao longo dos meses seguintes, o estado enfrentou uma série de desafios, como a seca intensa que levou à declaração de estado de emergência em diversos municípios. O aumento recorde de queimadas e o confronto entre garimpeiros e policiais também marcaram o período.

A eleição para prefeito de Manaus em outubro reelegeu David Almeida, enquanto o mês de novembro foi marcado pela visita de Joe Biden à Amazônia e pelo escândalo envolvendo um professor de jiu-jitsu acusado de abusos sexuais.

O ano encerrou com tragédias, como o acidente na AM-010 que resultou em várias mortes e o assalto no Manauara Shopping que gerou pânico entre os clientes. A queda de um avião em Manicoré e o deslizamento de terra em Manacapuru também foram eventos marcantes que encerraram o ano de 2024 no Amazonas.

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Programa Ufac Leite em ‘mini fazenda’ melhora técnicas de ordenha e auxilia produtores do Acre

Em ‘mini fazenda’, pesquisadores de DE desenvolvem técnicas para melhorar
ordenha e ajudar produtores do Acre

Programa de extensão denominado Ufac Leite tem apenas três anos e funciona em
área de 2 hectares dentro da universidade que foi transformada em laboratório
para experimentos.

O projeto DE Leite consiste em melhorar as técnicas de ordenha e a
qualidade do produto — Foto: Reprodução

Uma área de aproximadamente dois hectares de terra, situada dentro da área da
Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco foi transformada em um
laboratório para experimentos de alunos e professores dos cursos de medicina
veterinária e engenharia agronômica. É em um galpão que funciona especificamente
o programa de extensão denominado Ufac Leite.

Esse programa consiste em melhorar as técnicas de ordenha, de qualidade do
produto e até possibilitar maiores cuidados com a saúde do animal. No local há
sete vacas leiteiras e cinco bezerras. O leite é retirado e colocado em um
recipiente para depois ser vendido para parceiros locais. Os recursos são
investidos no próprio projeto, que tem apenas três anos.

A estrutura montada foi pensada em uma pequena propriedade, a fim de ajudar os
pequenos produtores com custos que são mais acessíveis. Os cuidados ajudam a
melhorar a produção e a dar menos trabalho, já que a ordenha aqui é mecanizada.

Laboratório funciona em área de 2 hectares na DE — Foto: Reprodução

Para que as vacas tenham qualidade no leite e produzam mais, é preciso uma
suplementação alimentar diferenciada. A professora Bruna Rosa explica que o
aporte nutricional correto ajuda na ordenha, já que o animal gasta muita energia
nesse momento, como proteínas, minerais e vitaminas. Por isso, a ração ajuda
nesse trabalho.

Com esse laboratório foi possível observar que as vacas respondem melhor com o
estímulo por meio da ração preparada, aliada à pastagem.

ALUNOS DESENVOLVEM IRRIGAÇÃO

Feitos esses procedimentos, as vacas são levadas para os locais onde ficam a
maior parte do dia, que são os piquetes, como são chamadas pequenas áreas de
pasto. Nesse espaço, outro experimento foi colocado em prática, a fim de ajudar
todo esse processo.

Os alunos, em parceria com os professores, desenvolveram uma irrigação para
garantir a permanência do capim em períodos secos e assim ajudar os produtores
com mais uma alternativa para que tenham pasto o ano inteiro.

Para que o projeto funcione é preciso que o produtor tenha em sua terra água
disponível e energia.

“Para a gente montar uma irrigação tem que ter em mente as características do
solo, porque você tem que pensar nele como se fosse uma grande caixa d’água de
armazenamento. Solos mais arenosos não conseguem acumular muita água, solos mais
argilosos já têm essa capacidade maior, então isso também vai influenciar no
projeto o relevo da área. Também é importante considerar as condições climáticas
aqui no Acre elas são propícias porque diferente de outras regiões em que na
época seca também ocorre a geadas aqui no Acre a gente não sofre com
temperaturas abaixo de 15 graus,” esclarece Kelysomar Santos, acadêmico de
engenharia agronômica.

Para os alunos, essas são experiências que ajudam os produtores a encontrarem
melhores maneiras de trabalho, além de fortalecer o conhecimento desses novos
profissionais no futuro.

“Falando como aluno, é a questão da experiência, né? Aqui nós temos muitos casos
que a gente já trabalha com várias áreas, então a gente trabalha com a parte
nutricional, com a parte clínica, a gente trabalha com a parte de manejo, de
boas práticas de ordenha, né? São inúmeras práticas ali na questão do dia a dia.
De como a gente vai ajudar o produtor, que essa é uma importância para nós aqui
como alunos futuros, profissionais, agrônomos, veterinários, que é de levar esse
nosso conhecimento técnico”, avalia o estudante Gustavo Henrique Abecassis.

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