Ambev anuncia investimento de R$ 150 milhões em Goiás

Goiás receberá mais um investimento da cervejaria Ambev, que anunciou um aporte de R$ 150 milhões em sua fábrica instalada na cidade Anápolis, durante evento nesta sexta-feira ,12, com a presença do governador Ronaldo Caiado.

A indústria pretende ampliar a produção de cervejas premium. A nova linha deve entrar em operação até o fim deste ano e terá capacidade de produção de 60 mil garrafas de vidro por hora. Contemplada pelo programa de benefícios fiscais do Estado, o ProGoiás, a Ambev tem a expectativa de gerar 200 empregos diretos com o novo investimento.

“Temos aqui uma grande parceira para estimularmos a produção do nosso estado, gerando trabalho e renda à população”, garantiu o governador Ronaldo Caiado.

Ao comentar os números da cervejaria em Anápolis, Caiado brincou:

“Você vê que o consumo é impressionante”, disse ele ao destacar que a desempenho da Ambev coloca o estado em evidência. “Estamos trabalhando de forma conjunta para que a empresa tenha toda a sustentação em Goiás. Nossa ação é para que haja um crescimento homogêneo em todos os segmentos da sociedade”, reforçou o governador.

Ao apresentar as instalações da indústria ao governador, o diretor de relações institucionais da Ambev, Rodrigo Moccia, afirmou que a cervejaria de Goiás é o ‘pulmão’ da marca no Centro-Oeste. Moccia informou ainda que de 2012 para 2022, a receita da multinacional em Goiás cresceu mais de 100%.

“Essa região do país que cresce mais do que a média nacional, tem um aumento acelerado. Por isso, a gente concentra aqui o investimento”.

AMBEV

O novo investimento vai propiciar a Ambev uma nova linha de produção de cervejas das marcas Spaten, Corona, Stella Artois e Original. O objetivo é ampliar a oferta dos produtos no mercado de Goiás e outros seis estados do Centro-Oeste e Norte, além do Distrito Federal. Dados da indústria apontam que o volume de vendas das cervejas especiais cresceu 25% em 2023, na comparação com o ano anterior.

ATRAÇÃO DE EMPRESAS

Nos últimos anos, o Governo de Goiás atraiu R$ 20 bilhões em investimentos para novos negócios e ampliações de indústrias no estado. Somente o município de Anápolis recebeu 40 novas empresas, entre elas a suíça Perlen Packing, especialista em embalagens de remédios; a francesa Elis, especialista em gestão de têxteis; além da ampliação dos laboratórios Vitamedic, Geolab e Hypera, do setor farmacêutico.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp