Ambulâncias novas do Samu-DF paradas por falta de seguro veicular

Largadas em pátio, ambulâncias novas do Samu-DF nunca foram às ruas

Catorze viaturas esperam contratação de seguro por parte da Secretaria de Saúde.
Atendimento de pacientes fica prejudicado sem novos carros

As ambulâncias que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF) recebeu em julho deste ano para reforçar o amparo à população brasiliense estão paradas até hoje. Sem seguro veicular, os automóveis estão estacionadas no pátio do Parque de Apoio, da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).

Veículos estão no Parque de Apoio da Secretaria de Saúde, no SIA. São 14 ambulâncias aguardando seguro veicular. Novos carros se misturam a veículos antigos no pátio. Há também veículos desativados no pátio. DE sobrevoou a região na última semana. Fechar modal.

Ambulâncias novas estão paradas, sem prestar suporte à população. As viaturas foram entregues pelo GDF no fim de julho deste ano. SES-DF confirma a falta de seguro para as viaturas. Não se sabe quando as ambulâncias vão às ruas. Ambulâncias paradas.

O DE sobrevoou a região e encontrou 14 ambulâncias de unidade de suporte básico já emplacadas e plotadas com a logo do Samu e o telefone 192.

Assista:

As ausência das novas ambulâncias fazem falta à população por diversos motivos. Além de ampliarem o atendimento, os carros recém-adquiridos permitiriam a troca de veículos já desgastados e a garantia dos atendimentos em períodos de manutenção veicular — que, de acordo com denúncias, costumam demorar bastante.

“Já faz algum tempo que as novas viaturas chegaram e, enquanto isso, as equipes ficam rodando em carros velhos com alta quilometragem. Devido à imensa sobrecarga, as ambulâncias antigas quebram muito”, afirma ao DE um servidor, que solicitou condição de anonimato.

Segundo o funcionário, a escassez de viaturas representa um atraso no atendimento. “O prejuízo maior fica com a população, que liga pedindo socorro e, muitas vezes, o Samu não tem recurso disponível para enviar”, afirma. “Já aconteceu de eu chegar para trabalhar e não ter ambulância disponível”, disse.

“Com certeza, muitos chamados deixam de ser atendidos. A gente sempre ouve dos pacientes que eles estavam tentando atendimento há muito tempo”, detalha o servidor, que explica a dinâmica de quando uma ambulância apresenta defeitos. “A viatura é encaminhada para central ou manutenção. Daí, se houver outro carro disponível, é feita a troca. Mas como as manutenções são morosas, dificilmente há carro reserva”, conta.

Ainda segundo a fonte, a manutenção das ambulâncias antigas é “muito demorada”. Uma troca de pastilha de freio e óleo do motor, por exemplo, chega a demorar 20 dias. “Enquanto isso, várias equipes ficam baixadas, simplesmente por falta de viaturas para rodar”.

Segundo o servidor, em tese, o Samu-DF conta com o número máximo de 38 viaturas para atender todas as 35 regiões administrativas do DF. Ele diz, no entanto, que esse número nunca está integralmente nas ruas. “Devido à falta de manutenção mais ágil, dificilmente temos mais de 25 viaturas disponíveis.”

“O Samu é um local onde as pessoas têm prazer em trabalhar, vibram com o serviço. Mas estamos todos ficando cansados de não saber o que vai acontecer no plantão, se teremos ou não carro para trabalhar”.

O QUE DIZ A SES-DF

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirma que as 14 ambulâncias estão no Parque de Apoio, mas nega que a ausência dos novos veículos nas ruas tenha impacto negativo no atendimento à população. A SES-DF também confirma que as viaturas aguardam a contratação de seguro veicular, etapa, segundo o órgão, “essencial para a regularização do uso”. Liberar os carros somente após o seguro seria uma exigência do Ministério da Saúde (MS).

Ainda de acordo com a Secretaria, o processo de licitação para a contratação do seguro está em tramitação e “seguirá os prazos administrativos vigentes”. A pasta não falou sobre prazos. Não se sabe, também, se os veículos passam por manutenções preventivas enquanto ficam parados.

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Serviços Funerários em São Paulo: Concessão traz modernização e melhora no atendimento, com até 25% de desconto nos pacotes funerários.

DE: serviços funerários passam por modernização e melhoram atendimento

Há 5 opções de pacotes para sepultamentos, incluindo o gratuito e o social, com valores até 25% menores do que antes da concessão. Perder um ente querido já é, por si só, um momento delicado emocionalmente para todos. Contudo, exige uma série de decisões e o que mais queremos nessas situações é um bom acolhimento por parte de quem oferece serviços necessários, como os funerários e os cemiteriais. Nesse contexto, no início de 2023, a Prefeitura de São Paulo deu um passo significativo ao conceder a gestão desses serviços à iniciativa privada, e hoje a população vê na prática a diferença.
Com a concessão, os preços dos pacotes ficaram até 25% mais baixos. Atualmente, os valores foram reajustados em 3,49%, abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 8,68%. A decisão, que envolveu a transferência de 21 cemitérios e do crematório da Vila Alpina para quatro concessionárias, teve como objetivos principais a modernização da infraestrutura, o combate à corrupção, a melhoria da qualidade dos serviços e a garantia de acesso a pacotes funerários acessíveis à população. Em um setor historicamente marcado por falhas, como o abandono das infraestruturas e esquemas ilícitos, a concessão representou uma tentativa de reorganizar e dignificar o atendimento aos paulistanos em momentos de luto.

O PASSADO CRÍTICO E A NECESSIDADE DE MUDANÇA

Antes da concessão, os cemitérios municipais de São Paulo enfrentavam sérios problemas de manutenção e gestão. Jazigos em estado precário, mato alto, capelas e sanitários deteriorados e a falta de segurança eram apenas algumas das falhas que caracterizavam o cenário alarmante. Além disso, denúncias de corrupção, envolvendo esquemas de cobrança de taxas abusivas e a omissão de autoridades, comprometiam a credibilidade do sistema funerário da cidade. A gestão baseada em covas rasas e infraestruturas precárias também contribuiu para o espaço atingir o limite, tornando a reforma urgente e necessária.

NOVO MODELO

Com a concessão, a cidade de São Paulo viu um investimento significativo na melhoria da infraestrutura funerária. A revitalização de cemitérios, como o Cemitério de Itaquera, que recebeu obras emergenciais de drenagem e segurança, reflete a determinação das concessionárias em reverter o quadro de abandono. Além disso, o novo modelo trouxe um importante avanço no número de agências funerárias: antes limitadas a 13 unidades, hoje são 42, espalhadas por diferentes regiões da cidade. A modernização também incluiu a substituição das tradicionais covas de terra por gavetas, oferecendo sepultamentos mais seguros e dignos. O plano prevê reformas até 2027. Assim, todos os cemitérios da cidade passarão por intervenções que garantirão condições adequadas para o sepultamento e a preservação da memória coletiva. Os pacotes funerários estão padronizados por Social (R$ 585,79), Popular (R$ 1.494,13), Padrão (R$ 3.408,02), Luxo (R$ 5.737,26) e Israelita (R$ 3.153,33), além da categoria gratuita, que atende cerca de 7 mil famílias anualmente. A fiscalização dos serviços funerários, antes um ponto fraco, agora conta com o reforço do órgão SP Regula, que aumentou o quadro de fiscais e introduziu tecnologias como a inteligência de dados e o uso da Guia de Transporte de Cadáveres (GTC) para coibir práticas irregulares. A aplicação de multas por falhas de manutenção e o recadastramento das sepulturas são medidas que buscam garantir o cumprimento dos contratos e a qualidade do serviço prestado. E a concessão não excluiu a população mais vulnerável. A gratuidade no serviço funerário continua garantida para pessoas cadastradas no CadÚnico, moradores de rua, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), doadores de órgãos e indivíduos sem familiares identificados. O processo de verificação para a concessão do benefício é transparente, com a utilização do sistema Hágape para monitorar e validar as solicitações.

FOTOGRAFIA COLORIDA MOSTRANDO ENTRADA DE CEMITÉRIO

O FUTURO DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS EM SÃO PAULO

A concessão dos serviços funerários à iniciativa privada representa a restauração da confiança e melhora da infraestrutura que antes era deficiente. As melhorias são visíveis, mas ainda há desafios a serem enfrentados. A expansão dos serviços de cremação e a construção de novos crematórios são apenas um exemplo de como DE planeja se adaptar à crescente demanda por alternativas ao sepultamento tradicional. Com investimentos em tecnologia, segurança e acessibilidade, os cemitérios de São Paulo estão caminhando para um futuro mais moderno e humano. A fiscalização e o controle rigoroso, aliados à padronização e à oferta de serviços gratuitos, mostram que, apesar de um passado conturbado, a cidade de São Paulo tem se empenhado em garantir serviços funerários mais justos, acessíveis e dignos.

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