Ameaças de massacre e brigas entre alunos aumentam 115% em Goiás

Ameaças de massacre e brigas entre alunos aumentam 115% em Goiás

O mês de março, mesmo faltando dois dias para chegar ao fim, foi atípico na rede estadual de ensino. Isso porque, segundo a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), foram registradas de seis a oito chamadas por dia devido a crises no ambiente escolar. Ou seja, uma 224 solicitações até a última terça-feira, 28. 

Ameaças de massacre e brigas entre alunos aumentam 115% em Goiás

O número, inclusive, é 115,3% maior do que o registros em todo o ano passado, que contabilizou 104 chamadas. Entre as crises mais comuns, segundo a pasta, estão desavenças entre alunos de torcidas rivais e ameaças de massacre

O monitoramento e o acompanhamento do problema é realizado pela pasta Seduc de uma perspectiva ampla, analisando todos os aspectos de vulnerabilidade. 

Nesta segunda-feira, 27, por exemplo, mesma data em que um estudante, de 13 anos, invadiu uma escola pública da capital paulista, matando uma professora e ferindo outras cinco pessoas, a Seduc precisou lidar com uma crise. 

No Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) José de Faria, no município de Edéia, dois alunos brigaram em uma quadra da escola exigindo a intervenção da equipe gestora da unidade. Ninguém ficou ferido e os pais foram acionados, conforme orienta o Protocolo de Segurança Escolar, criado pela Seduc em 2019. 

A pasta afirma que as escolas de municípios do Entorno do Distrito Federal, de Goiânia e de Aparecida de Goiânia realizam o maior número de chamadas para a sua gerência, totalizando cerca de duas crises por dia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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