Amigo confessa assassinato de miss da Bahia em Curitiba e oferece ajuda à família durante desaparecimento no Paraná

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Homem que confessou matar miss ofereceu ajuda para família da vítima enquanto ela estava desaparecida no Paraná

Marcelo Alves ofereceu a própria casa como abrigo em Curitiba para a família da vítima, que é da Bahia, se hospedar enquanto procuravam pela jovem.

Miss da Bahia desaparece em Curitiba, e amigo confessa à polícia ter matado ela[https://s02.video.glbimg.com/x240/13665685.jpg]

Miss da Bahia desaparece em Curitiba, e amigo confessa à polícia ter matado ela

O humorista Marcelo Alves, que confessou ter matado a miss Serra Branca Teen da Bahia[https://DE.globo.com/pr/parana/noticia/2025/06/09/miss-bahia-desaparecida-curitiba-confissao-assassinato.ghtml], Raissa Suellen Ferreira da Silva, ofereceu ajuda para a família da jovem enquanto ela ainda era considerada desaparecida.

O desaparecimento de Raissa foi registrado no dia 2 de junho. Segundo a delegada Aline Manzatto, o homem ofereceu a própria casa em Curitiba[https://DE.globo.com/pr/parana/cidade/curitiba/] para que a família dela, que é da Bahia, pudesse se hospedar enquanto procuravam pela jovem de 21 anos.

Marcelo, também conhecido como Alves Li Pernambucano, era amigo da vítima e da família dela. Ele foi preso nesta segunda-feira (9) após procurar uma delegacia e confessar ter matado e escondido o corpo de Raissa.

Após a confissão, o homem levou uma equipe policial até uma região de mata no município de Araucária[https://DE.globo.com/pr/parana/cidade/araucaria/], na Região Metropolitana de Curitiba. No local, a corporação fez escavações e encontrou o corpo da vítima enrolado em uma lona[https://DE.globo.com/pr/parana/noticia/2025/06/09/corpo-miss-bahia-encontrado-parana.ghtml].

Natural da cidade de Paulo Afonso[https://DE.globo.com/ba/bahia/cidade/paulo-afonso/], na Bahia, Raissa vivia há três anos na capital paranaense e, segundo familiares, se preparava para deixar Curitiba com destino a Sorocaba (SP) para trabalhar. Ela conquistou o título de Miss Serra Branca Teen em 2020.

CONTATO COM A FAMÍLIA

Segundo a polícia, Marcelo conheceu Raissa quando ela tinha 10 anos, em um projeto social na cidade de Paulo Afonso, no interior da Bahia. Há cerca de três anos, ele a ajudou a se mudar para Curitiba.

Segundo Herbert Guilherme, primo de Raissa, durante os oito dias de busca pela jovem, o homem manteve contato com os familiares.

“Quando eu soube do desaparecimento, liguei para ele. Ele ficou todo o tempo mentindo. Ficou dizendo que ia me ajudar a achar ela”, afirma o primo.

Conforme Guilherme, a vítima via Marcelo como uma figura paterna.

SUSPEITO MATOU JOVEM APÓS SE DECLARAR PARA ELA

Segundo a delegada, Marcelo Alves disse que, na segunda-feira (2), dia do crime, buscou Raissa afirmando que iria ajudá-la a conseguir um emprego em Sorocaba, São Paulo. A proposta, porém, era mentira.

“Ele disse que isso foi uma mentira que ele contou para ela, com o intuito de que ela viesse até ele para que, então, ele pudesse se declarar”, detalha a delegada Aline Manzatto.

Os dois almoçaram juntos na ocasião e, em seguida, foram até a casa dele. Lá, ele disse ter contado que estava apaixonado por ela, mas não foi correspondido e afirmou ter sido xingado por Raissa.

O suspeito relatou que matou Raissa estrangulada, usando uma abraçadeira plástica.

“Ele disse que ficou com ódio e descontrolado, que pegou o fio de plástico e estrangulou a vítima, deixando ela num cômodo da casa e indo para outro. Dez minutos depois, ele retorna e a Raissa já está em óbito”, falou a delegada.

A delegada afirmou que, conforme o suspeito, ele enrolou o corpo de Raissa em uma lona, amarrou com fita adesiva e, depois, chamou o filho, que ficou desesperado e tentou convencê-lo a se entregar às autoridades.

Mesmo assim, ainda de acordo com a delegada, ele disse que colocou o corpo da jovem no porta-malas de um carro emprestado de um amigo e, com auxílio do filho, dirigiu até uma área de mata no município de Araucária, onde enterrou a vítima.

INVESTIGAÇÕES CONTINUAM

O homem foi preso em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A polícia afirmou que vai solicitar a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.

O filho dele foi preso por ocultação de cadáver, pagou fiança e foi liberado.

Segundo a delegada, as investigações continuam a fim de verificar se as lesões presentes no corpo da jovem são compatíveis com a história contada por Marcelo. Além disso, a polícia apura se houve violência sexual e qual a participação efetiva do filho no crime.

O QUE DIZ A DEFESA DO SUSPEITO

O advogado do suspeito, Caio Percival, disse à RPC que não houve premeditação do crime e que Marcelo matou Raissa por “violenta emoção”. Disse ainda que o suspeito lamenta o caso e que colabora com a Justiça.

“Marcelo é réu primário, tem bons antecedentes, nunca pisou numa delegacia de polícia e infelizmente foi arrastado pelas barras da paixão à essa situação que foge, evidentemente, do normal. Nós temos uma causa de diminuição de pena que é a própria confissão e uma segunda causa de diminuição de pena que é o domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, já que, em dado momento, houve uma discussão entre eles”, falou.

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