Saiba quem eram os amigos que morreram após se afogarem em praia durante lua de mel
Júlio Augusto, de 25 anos, se afogou e morreu junto com o amigo Jean Almeida, de 30, em Guarujá (SP). Eles faziam uma viagem com a esposa de Júlio e um outro amigo, que sobreviveram.
Jean Almeida, de 30, (à esq.), e Júlio Augusto, de 25 anos, (à dir.) eram moradores de Apiaí (SP) e estavam em Guarujá (SP) a passeio — Foto: Reprodução/Instagram
DE dois turistas que morreram após se afogarem no mar de Guarujá, no litoral de São Paulo, eram tão próximos que se consideravam irmãos. Segundo apurado pelo DE, Júlio Augusto, de 25 anos, estava na cidade em lua de mel com a esposa e fez a viagem acompanhado de mais dois amigos, sendo um deles o outro afogado: Jean Almeida, de 30. As vítimas moravam em Apiaí, no interior do estado.
O caso aconteceu na quarta-feira (21), na Praia do Iporanga, que fica dentro de um condomínio fechado e não é monitorada pelo Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte dos jovens ainda no local.
Juliana Calheiros, de 35 anos, é irmã da esposa de Júlio e contou ao DE que os homens cresceram juntos. “Viviam juntos por todo lado, todo o tempo […]. Sempre foram irmãos. Na verdade, a mãe do Júlio considerava o Jean como filho, ela perdeu dois filhos”, lamentou.
Ela explicou que Júlio e a irmã tiveram um relacionamento por três anos e se casaram no último sábado (17). Ainda segundo Juliana, Jean foi padrinho de casamento e levou os dois para a lua de mel no domingo (18) com a intenção de voltarem na quinta-feira (22).
“[O Jean] pagou a viagem. Eles eram muito próximos, foi um presente dele para eles”, afirmou Juliana. “Nós estamos arrasados. Todo mundo está em choque porque foi uma perda muito trágica. Para nós, está sendo bem difícil”, acrescentou ela.
QUEM ERAM JÚLIO E JEAN?
De acordo com Juliana, os amigos faziam parte da Primeira Igreja Batista da cidade. Eles, inclusive, eram líderes de uma célula [um pequeno grupo que se reúne para orar], voltada para homens acima de 14 anos.
Júlio Augusto, de 25 anos, fez uma publicação nas redes sociais horas antes de morrer — Foto: Reprodução/Instagram
Júlio era estudante de teologia e funcionário de um escritório de logística. Ele costumava participar de campeonatos municipais de futsal e de futebol de campo em Apiaí.
Horas antes de se afogar, Júlio fez uma publicação nas redes sociais com o versículo Romanos 8:38: “Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os demônios, nem o presente, nem o futuro, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem ninguém em toda a criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor”.
Jean Almeida, de 30 anos, tinha 13 mil seguidores nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram
Jean tinha 13 mil seguidores no Instagram, onde compartilhava a paixão por carros e “como fez alguns milhões com a internet”. Nas redes sociais, ele contou que trabalhava como vendedor de telecomunicações, mas foi demitido e começou a trabalhar com marketing digital.
Segundo Juliana, o velório dos jovens começou na noite de quinta-feira (22) e o enterro deve ser realizado na tarde desta sexta-feira (23), no Cemitério Municipal de Apiaí.
O CASO
Júlio Augusto, de 25 anos, (à esq.) e Jean Almeida, de 30, (à dir.) eram moradores de Apiaí (SP) e estavam em Guarujá (SP) a passeio. — Foto: Reprodução/Instagram
De acordo com o relato da esposa de Júlio, os quatro avançaram no mar até uma área mais funda, onde as ondas não quebravam, mas decidiram voltar quando perceberam que não alcançavam mais o chão. Segundo o depoimento, Jean não conseguiu retornar e Júlio tentou ajudá-lo, sem sucesso.
A mulher relatou às autoridades que voltou para a areia junto com um dos amigos e gritou por ajuda, mas não havia serviço de resgate por perto. Em seguida, banhistas entraram no mar e retiraram Júlio e Jean da água.
Conforme descrito no Boletim de Ocorrência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e tentou reanimar os homens, sem sucesso. As mortes foram constatadas no local.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia do Guarujá, que requisitou exames ao Instituto de Criminalística.
RELEMBRE OUTRO CASO
Em 27 de março, um menino de 12 anos morreu afogado enquanto brincava com outras crianças no mar na comunidade Prainha, também em Guarujá. Conforme apurado pelo DE, o corpo foi encontrado por mergulhadores no dia seguinte. O vídeo mostra as buscas (assista abaixo).