Amma atende quase 600 pedidos de resgate de animais em Goiânia desde 2022

As solicitações de resgate de animais silvestres em Goiânia em pouco mais de um ano chegou a 593 neste ano, de acordo com a  Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). As características da capital favorecem o registro dessas ocorrências, como a grande quantidade de regiões arborizadas. Em nível nacional, os acidentes nas estradas brasileiras mataram 475 milhões desse grupo de bichos em 2022.

 

O processo de captura ocorre somente em algumas situações. A regra é mantê-los livres, mas a retirada de residências e estabelecimentos comerciais ocorre quando o animal está ferido ou em risco e ainda se ameaçar a vida de alguma pessoa. Nesses casos, eles são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (CETAS-IBAMA ). A tendência é de aumento das ocorrências entre agosto e dezembro porque é o período de acasalamento e nascimento de muitas espécies.

 

A maioria são aves devido ao recomeço do período de chuvas com vendaval que derrubam os ninhos. No período seco, há mais chances de solicitações para resgate de gambá, sagui, periquito e maritaca. A gerente de Proteção e Manejo de Fauna da Amma,  Isabela Saddi, afirma que a maior parte dos chamados é para socorrer animais encontrados em casa e na calçada. O maior risco para os bichinhos são gatos e cachorros, que podem machucá-los ou matá-los. 

 

Por telefone, os pedidos de orientações dos servidores da Amma chegaram a 192 no mesmo período. O telefone da Amma para solicitação de resgate de animais silvestres é o 161 ou o (62) 3524.1422. A conscientização sobre como agir ao se deparar com essa situação é uma das principais estratégias para evitar riscos aos animais silvestres. Saddi explica que o ideal é nunca alimentar ou tentar domesticar o animal, mas alerta que não é necessário sentir medo. “Se alimentam tanto de carne, quanto de frutos, frutas e caules”, diz. Ela lembra que as necessidades são satisfeitas no próprio ambiente natural em que os animais silvestres vivem, por isso as mortes por fome nesses locais são raras.

 

Um dos causadores da migração dos animais para áreas urbanas são as intervenções humanas em áreas verdes, que forçam muitas espécies a fugirem em busca de sobrevivência. Dentre os maiores perigos à fauna estão as queimadas,  que destroem inclusive as fontes de alimentação de diversos animais. A prática é considerada um crime ambiental, de acordo a lei federal 9.605/1998.O autor pode receber sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e pode ser preso de seis meses a um ano e ainda pagar multa, se constatado a lesão ou morte a um animal silvestre.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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