Amma reforça segurança no combate a crimes no Bosque dos Buritis

mma e forças de segurança realizam ação de limpeza e combate a crimes no Bosque dos Buritis, nesta quarta-feira

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), inicia, nesta quarta-feira,8, a partir das 11h, operação em conjunto com a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) para garantir o uso correto do Bosque dos Buritis pela população goianiense.

Na prática, servidores da Amma realizarão força-tarefa para limpeza de resíduos descartados ao longo dos últimos meses por infratores na Área de Preservação Permanente (APP) do bosque, tais como plásticos de marmitex, preservativos, garrafas plásticas e outros resíduos. Apesar da ação, a Amma realiza limpeza com frequência, a fim de evitar acúmulo desse material no local.

Em ação semelhante, em outubro de 2021, foram retirados mais de 300 quilos de lixo deixados na área de mata do bosque. À ocasião, a Amma contabilizou cerca de 3 mil unidades de preservativos, que foram retirados do local.

A APP apenas poderá ser acessada mediante acompanhamento de guia da agência, das 08h às 16h. Já a área de convivência, que abrange a parte interna, terá acesso permitido das 07h às 22h.

“É preciso cuidar do Bosque dos Buritis, um local turístico da cidade, cartão-postal de Goiânia, e de uso comum, que recebe a visita de muitas crianças, alunos que participam de aulas oferecidas pela prefeitura e a comunidade em geral. Contudo, tanto o meio ambiente quanto as pessoas precisam estar seguras”, alerta o presidente da Amma, Luan Alves.

De acordo com a bióloga da Amma, Wanessa de Castro, adentrar na APP sem o guia é totalmente prejudicial para a vegetação. “O solo é pisoteado, animais que aqui vivem ingerem os resíduos descartados na mata e podem morrer intoxicados. Há, também, riscos de incêndios causados por bitucas de cigarros e inúmeros outros fatores que podem colocar o bosque em risco. A ação é importante para preservação da fauna e flora”, explica Wanessa.

A fiscalização ambiental da Amma e a GCM seguirão monitorando o Bosque dos Buritis para autuar possíveis infratores que desrespeitarem as normas de uso do bosque. “A legislação é clara. As multas começam em R$ 5 mil para o descarte irregular de resíduos e serão aplicadas pela nossa fiscalização com o apoio das forças de segurança”, explica o diretor de Fiscalização Ambiental da Amma, Diego Moura.

Já a PM, acionada pelo 190, e a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), acionada pelo 153, responsável pelo policiamento na área do Bosque dos Buritis, atuará na inibição de outros crimes como assalto, importunação sexual na mata, e até mesmo tráfico de drogas. Conforme parceria firmada com os entes de segurança, viaturas farão rondas, inclusive dentro do Bosque.

Para realizar a trilha com guias, no Bosque dos Buritis, deve ser feito um agendamento por meio do telefone (62) 3524-4602.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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