Ana Paula Leme, ex-panicat, é detida por suspeita de desacato contra policiais em Campinas: Advogada questiona detenção.

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A defesa da ex-panicat Ana Paula Leme, de 47 anos, que foi detida pela terceira
vez em nove meses após suspeita de crime de desacato contra policiais em Campinas (SP), admitiu que ela estava embriagada durante uma confusão em uma loja da rede de minimercados Oxxo, na noite de segunda-feira (28).

No entanto, a advogada Caroliny Chang Rodrigues questionou a detenção e afirmou
que a cliente passa por uma situação de “estigma social” por conta dos episódios recentes de embriaguez ao volante, ao qual um deles até gerou uma condenação no ano passado.

“Esclarece-se, de modo categórico, que não houve qualquer prática de infração penal. A cliente, embora exaltada em razão do estado etílico e da abordagem, não ofereceu resistência física, tampouco foi flagrada em situação que justifique juridicamente sua detenção. É importante destacar que o histórico anterior da cliente – relacionado a outros episódios de embriaguez ao volante, já resolvidos judicialmente – não podem servir como estigma social nem justificar perseguições ou abordagens desproporcionais”, diz o texto da nota.

Ainda segundo a defesa, a presença da Polícia Militar na loja foi acionada “por terceiros” e os agentes de segurança, “equivocadamente”, presumiram que ela estaria conduzindo veículo automotor – o que, de acordo com a advogada, não é verdade, já que ela estava a pé.

Caroliny Chang Rodrigues ainda aponta “inadequação da abordagem policial”, considerando que, segundo ela, “a jurisprudência tanto do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reafirma que, para que haja o dolo necessário para a caracterização do crime de desacato, o acusado deve ter plena consciência e intenção deliberada de se opor à autoridade”.

“No entanto, o estado de embriaguez severa da cliente afetou diretamente a sua capacidade de agir intencionalmente, o que exclui o dolo e afasta a configuração desses crimes”, completou a defensora.

Na segunda-feira (28), integrou, como panicat, o programa Pânico na TV, que
ficou no ar na emissora RedeTV durante nove anos, e chegou a ser capa da revista Playboy. Além disso, soma prisões e uma condenação por embriaguez ao volante. Veja abaixo.

Ana Paula Leme estudou jornalismo na PUC-Campinas e ganhou fama como modelo. A ex-panicat participou da 1ª edição do reality show Casa Bonita, que foi ao ar no canal Multishow, e foi eleita Miss Reef Brasil, além de ter participado do Concurso Sereias. Ela também manteve por um período uma conta em uma plataforma de venda de conteúdo adulto.

A defesa de Ana Paula Leme disse ao DE que enviará, na quarta-feira (30), “uma nota à imprensa com informações atualizadas”.

A modelo tem 184 mil seguidores em seu perfil oficial no Instagram, onde compartilha fotos atuais e momentos marcantes da carreira.

AS PRISÕES

Na segunda-feira, Ana Paula foi detida após causar uma confusão em uma loja da rede Oxxo, em Campinas, na Rua Jorge Figueiredo, no Taquaral.

Segundo a Polícia Militar, uma equipe foi acionada por funcionários do minimercado porque uma cliente estaria “visivelmente alterada” e discutindo com clientes.

Ainda de acordo com a PM, ela recebeu voz de prisão, mas ofereceu resistência e não quis se identificar. Porém, os policiais reconheceram a ex-panicat e ela foi levada ao 1º Distrito Policial de Campinas.

Na viatura, ela conversava com a equipe com falas desconexas. Ao chegar na delegacia, ela aparentava estar alterada, falando alto com os policiais.

O caso foi apresentado no 1º Distrito Policial de Campinas. Ana Paula Leme assinou um termo circunstanciado por desacato, foi ouvida e liberada.

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