A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está se movimentando para atualizar as regras de operação de balões tripulados no Brasil, após os recentes acidentes que resultaram em 9 mortes. A intenção é estabelecer critérios mais rígidos para operadores interessados em explorar comercialmente essa atividade, como o que ocorreu em Praia Grande (SC), onde um trágico acidente deixou oito vítimas fatais.
Em resposta a esses eventos, a Anac destacou a necessidade de migrar parte das atividades de aerodesporto para um ambiente certificado, visando aumentar a segurança das operações. Atualmente, as regras permitem duas formas de operação: aerodesporto, em que os praticantes atuam por conta própria, e a modalidade certificada, que pressupõe a certificação da empresa operadora, dos pilotos e da aeronave, embora ainda não haja balões certificados no país.
A implementação das novas normas acontecerá em etapas, com restrições claras para operações ligadas ao aerodesporto no curto e médio prazos. Além disso, a Anac está elaborando estratégias de monitoramento e fiscalização em conjunto com outras entidades, incluindo forças de segurança pública e prefeituras, para garantir o cumprimento das diretrizes estabelecidas.
A agência detalhou que a intenção não é de fácil alcance, mas sim um processo progressivo para viabilizar a transição para o novo modelo de operação de balões no Brasil. No longo prazo, será estabelecida uma regulamentação definitiva que deverá ser seguida por todos os operadores interessados em explorar a atividade comercialmente em um ambiente certificado.
Uma das iniciativas da Anac para facilitar a certificação de balões foi o Programa Voo Simples, que reduziu substancialmente as taxas necessárias para essa certificação. Com isso, quatro empresas já solicitaram a certificação de balões tripulados no país, sinalizando um avanço nesse processo de regularização e segurança das operações.
Com as atualizações nas regras em andamento, espera-se que o Brasil esteja mais preparado para lidar com operações de balonismo, garantindo a segurança dos passageiros e tripulações envolvidas. A meta é criar um ambiente mais seguro e regulamentado para a prática desse esporte no país, visando evitar futuros acidentes como os recentes em SC e SP.