Suspensão da Voepass completa um mês, e Anac avalia autorizar retomada das operações
A companhia aérea, que atendia 16 destinos, teve voos suspensos depois que auditorias identificaram falhas de segurança. Latam assumiu demandas de clientes afetados.
A suspensão das operações da Voepass completa um mês nesta sexta-feira, em meio à expectativa de uma análise da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a revogação ou não da medida. Desde 11 de março, a companhia aérea, que atendia 16 destinos em voos comerciais, está proibida de operar, depois que a Anac identificou falhas em aspectos de segurança e determinou a correção dessas irregularidades.
Nesta semana, o DE questionou a agência em relação ao andamento dessas regularizações. Em nota, a Anac confirmou que analisa informações iniciais enviadas pela Voepass. Além disso, reforçou que a retomada das operações só será autorizada quando todas as falhas estiverem sanadas.
“A Anac recebeu informações iniciais da companhia aérea, mas ainda precisa avaliá-las para definir sobre a situação das operações. Cabe destacar que a suspensão seguirá em vigor até que seja comprovada a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos”, disse.
Já a Voepass voltou a dizer que trabalha para retomar as operações “o mais breve possível”, além de pontuar que, desde a suspensão, faz tratativas internas para demonstrar a capacidade de garantir todos os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora.
Com a suspensão da Voepass, a Latam informou, no fim de março, que forneceu “solução de viagem” sem custos para 85% dos 106 mil clientes afetados. A solução inclui reacomodação em voos da Latam ou reembolso dos passageiros. “Os demais 15% dos clientes estão com o processo de resolução em vias de conclusão”, disse.
Quando a Anac suspendeu as operações da Voepass, notificou a Latam para atender aos clientes afetados pela decisão, uma vez que as duas companhias aéreas possuem acordo de codeshare – quando uma companhia (a Latam) pode vender passagens de voos operados por outra (a Voepass).
No dia 25 de março, a Anac decidiu manter os slots – espaços autorizados para pousos e decolagens – da Voepass nos aeroportos de Guarulhos e de Congonhas, em São Paulo (SP). A decisão atendeu a um pedido da companhia. Os slots são os espaços que as companhia aéreas possuem para pousos e decolagens nos aeroportos. Na prática, a decisão da Anac significa que os espaços em posse da Voepass em Congonhas e Guarulhos, ao menos por enquanto, serão mantidos com ela e não serão repassados a outras companhias.