Anac restringe operações em aeroporto de Parintins; prefeito garante reparos

Anac restringe operações no aeroporto de Parintins por irregularidades; prefeito promete reparos

Restrição impacta capacidade de operação do aeroporto, e prefeito promete ações para solucionar problemas apontados pela Anac.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) restringiu as operações no Aeroporto Regional Júlio Belém, em Parintins, no interior do Amazonas, após uma inspeção realizada entre 23 e 24 de outubro de 2024 identificar graves irregularidades. O prefeito de Parintins, Bi Garcia, garantiu que os reparos necessários serão realizados, mas não estabeleceu um prazo para a conclusão das obras.

Entre os problemas apontados estão defeitos estruturais na pista de pouso e decolagem, como trincas, desagregação e presença de material solto, além de falhas no pátio de estacionamento de aeronaves e nos sistemas de manutenção de áreas próximas ao aeródromo.

De acordo com a Anac, as condições atuais representam riscos significativos às operações, podendo causar danos aos motores, pneus e fuselagem das aeronaves, especialmente as de asa fixa com motores a reação. A previsão de recapeamento da pista, apresentada pelo operador do aeroporto para outubro de 2025, foi considerada insuficiente para mitigar os riscos no curto prazo. Outros problemas listados pela Anac incluem falhas nos auxílios visuais, sistema de drenagem e o aumento de riscos aeronáuticos devido à presença de resíduos sólidos que atraem aves.

O prefeito de Parintins, Bi Garcia, afirmou que a restrição afeta apenas o tipo de aeronave autorizado a operar no aeroporto, que segue funcionando com aviões modelo ATR. Ele garantiu que as providências para sanar as pendências já estão em andamento. Bi Garcia também destacou que a prefeitura de Parintins busca apoio dos governos estadual e federal para manter a infraestrutura do aeroporto em condições adequadas, especialmente em períodos de alta demanda, como o Festival Folclórico.

“Havia um acordo com o governo do estado para que os reparos fossem feitos após o festival, mas, lamentavelmente, as obras não continuaram. Agora, estamos acelerando os processos por conta própria, pois o aeroporto é uma das principais portas de entrada da cidade”, acrescentou. Nos quase oito anos de sua gestão, o prefeito ressaltou que o aeroporto nunca foi fechado, mesmo recebendo diferentes tipos de aeronaves, incluindo modelos maiores, como os Boeing. “Diferentemente do porto de Parintins, que não é administrado pela prefeitura e foi fechado várias vezes, o aeroporto sempre esteve funcionando. Vamos garantir que ele continue operando em breve sem restrições”, concluiu.

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Biogás de Açaí: Miniusina gera energia para 4 pessoas de baixa renda no AP

Miniusina com caroços de açaí pode gerar energia para até 4 pessoas de baixa renda do AP

Projeto Biogás de Açaí é uma iniciativa da Universidade do Estado do Amapá (Ueap). O equipamento utiliza restos de alimentos, esterco de animal, além dos caroços. A Ueap desenvolveu um projeto que utiliza caroços de açaí para a produção de adubo orgânico.

Uma miniusina de resíduos orgânicos criada pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), promete gerar energia para até 4 pessoas de comunidades de baixa renda do Amapá, tudo isso por meio de caroços de açaí, restos de alimentos e esterco de animal.

O Biogás de açaí, como é chamado, transforma até cinco tipos de energia sustentável, além de produzir um biofertilizante que aumenta a produtividade e torna o fruto mais saudável, com mais nutrientes.

O nome biogás açaí foi escolhido devido à presença do resíduo do produto em diferentes etapas do processo, como no alojamento dos micro-organismos do biogás, sendo uma das primeiras etapas para a geração de energia.

Presente na mesa de muitos amapaenses, nesta versão o açaí ganha outro protagonismo. Os caroços que iriam ser descartados são transformados em carvão ativado para a geração de energia limpa. Nós introduzimos o carvão ativado de açaí. Preparamos o resíduo de açaí e colocamos no sistema trifásico do equipamento que limpa o gás e faz sair o biofertilizante de açaí e o biogás.

O modelo do projeto custa em média de R$ 16 a R$ 20 mil. Segundo os responsáveis, o investimento compensa a longo prazo, já que não precisa de manutenção contínua e pode substituir até 200 quilowatts de energia por hora, o que beneficiaria uma família de até quatro pessoas. O equipamento foi adquirido por meio de um edital de um projeto de extensão da Ueap. Agora, a expectativa é que, por meio de uma parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeap), o biodigestor seja instalado em comunidades de baixa renda do Estado. A ideia é levar energia elétrica e fortalecer a economia circular.

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