Análise de Dados no Futebol Brasileiro: Como Influencia nos Clubes e na Contratação de Jogadores

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Além do Scout: como a análise de dados cresce e influencia nos clubes do futebol brasileiro

Novo departamento faz parte de 55% dos times da Série A; movimento no Brasil ganhou volume durante a pandemia

Cientista de dados explica como surgiu interesse na área esportiva

Do tradicional cartola do futebol — figura centralizadora — a um setor com mais de 10, 20 profissionais. Do executivo, diretor, coordenador de mercado, analistas de desempenho aos cientistas de dados. A matemática está cada vez mais presente no dia a dia. O departamento de futebol tem passado por grandes transformações nos últimos anos. O setor de “Analytics” é um dos mais recentes a chegar aos clubes de elite no Brasil.

Os dados fazem parte da rotina de 11 times da Série A. Eles servem para várias áreas, como a fisiologia, a análise do time, de adversário ou, a mais comum, a de mercado. A busca por reforços que, a cada dia, é mais competitiva no mundo.

No auxílio da análise de mercado, o setor cria critérios para a busca de jogadores dentro da ideia da equipe. Desenvolve uma base de dados para alimentar o clube e monitorar possíveis reforços e talentos do futebol. Facilita a busca com navegadores específicos para os analistas.

O Analytics (ou inteligência analítica) visa minimizar o erro e também evitar o desperdício de tempo, dando diretrizes claras, com base em estatísticas. A decisão segue sendo da parte executiva: diretor de futebol, dirigentes. Mas, agora, contam com outras ferramentas para auxiliar essa escolha.

Os clubes que já possuem um departamento estruturado. — Foto: Ge

As informações foram confirmadas com as assessorias de cada time. Algumas equipes possuem profissionais que acumulam mais de uma função ou atuam em outros setores, sem ter um departamento específico para organizar todas as informações.

O movimento ganhou força no Brasil, em 2020. O Fluminense foi o primeiro time a ter um profissional de dados. O cientista Pedro Pereira é pioneiro no assunto e está na equipe desde 2014. O Atlético-MG, em 2021, foi o primeiro clube do país a criar um departamento exclusivo de dados.

A chave para muitos profissionais virou durante a pandemia. O cientista de dados Hugo Rios Neto, de 23 anos, que atualmente trabalha como Gerente de Analytics no Orlando City, já era formado em matemática computacional. Escolheu a área sem saber que poderia ter o esporte como estudo.

O desenvolvimento de um departamento de Analytics do zero

Um tutorial sobre o uso de dados no futebol, feito pelo inglês David Sumpter, uma das referências da área, foi determinante para que Hugo e outras pessoas se aprofundassem no tema. Mudassem o olhar para o uso dos números no futebol.

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