Anápolis: Justiça declara que greve de médicos é ilegal

Anápolis: Justiça declara que greve de médicos é ilegal

Nesta segunda-feira (18), a juíza substituta Camila Nina Erbetta, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou que os médicos da rede municipal de Anápolis suspendam a greve. De acordo com a magistrada, caso os profissionais não voltem aos postos de trabalho, será cobrado uma multa diária de R$ 5 mil reais.

A paralisação teve início na última sexta-feira (15), após conversas sem resultado com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves. “As principais reivindicações são salários dignos, condições adequadas de atendimento, manutenção preventiva dos equipamentos médicos, fornecimento de insumos e medicações de qualidade, concurso público (enquanto isso contratos pelo menos com os direitos básicos) e abertura de uma canal de comunicação com a entidade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos em Anápolis, Márcio Henrique

Em nota, o Simea informou que a greve está suspensa, e afirmou que a greve não foi considerada ilegal, “houve simplesmente a concessão de medida liminar com base em fatos distorcidos apresentados pelo Município”. “Todavia, deve ser mantido o ESTADO DE GREVE até a decisão do recurso a ser interposto junto à Corte Judicial e reconhecimento da legalidade do movimento”, afirma a nota.

Greve dos médicos

A greve dos médicos em Anápolis teve inicio na última sexta-feira (15).  Anteriormente, o Simea havia se reunido com a Prefeitura de Anápolis para apresentar as queixas. Após inicio da greve, o prefeito de Anápolis Roberto Naves fez uma publicação em seu instagram. “Vamos tomar todas as medidas cabíveis para impedir qualquer paralisação na área da saúde e garantir ao cidadão o seu direito de ser assistido”.

De acordo com Márcio, desde a primeira gestão do prefeito, as reivindicações são apresentas mas não são resolvidas. Importante lembrar o que no seu primeiro mandato quando colocou uma gratificação para o plantonista, devido uma insatisfação da classe, esse ano foi suspensa em uma canetada”, afirmou Márcio.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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