Anápolis: motorista de van é preso suspeito de estuprar criança de 3 anos

Anápolis: motorista de van é preso suspeito de estuprar criança de 3 anos

Um homem de 46 anos foi preso temporariamente em Anápolis após denúncia da mãe de uma criança de três anos de idade. Ele é suspeito de estuprar a garota no período de dez dias em que a transportou de casa para a escola no final de maio deste ano. O motorista já tem passagem por violência doméstica contra mulher.

O comportamento estranho da menor chamou atenção da mãe. Segundo a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) , Kênia Dutra, a criança passou a apresentar pavor à figura do investigado, para ir à escola e para voltar para casa na van. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou violação sexual constatado por uma “elasticidade” do hímen mesmo não tendo sido rompido. 

“A mãe foi tomar satisfação e o investigado a ameaçou de morte,  caso o denunciasse”, detalhou Kênia. O homem, que era um conhecido da família da menor de idade, teria chegado a ejacular na boca da menina. A delegada afirma que o inquérito já tem avaliação psicológica, relatório médico pediátrico, laudo de exame de corpo de delito, escuta especializada e oitivas de testemunhas.

O mandado expedido pelo Poder Judiciário incluiu busca e apreensão domiciliar. Os policiais apreenderam objetos como celular e a própria van escolar para serem periciados em busca de possíveis vestígios de material biológico. O homem se antecipou ao laudo informando a equipe que, caso encontrassem algo, estaria ligado ao relacionamento dele com a namorada.

Van suporta mente usada para o crime. (Foto: Divulgação PC)

O motorista pode responder judicialmente por estupro de vulnerável. O crime é tipificado pelo Código Penal como qualquer conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos, com ou sem consentimento. A pena é de reclusão de 8 a 15 anos.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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