Anápolis: vereador diz que quem morreu de Covid-19 “é porque tinha que morrer”

O vereador Delcimar Fortunato (Avante) declarou, em discurso na Câmara de Vereadores de Anápolis, que não existiu falta de assistência por parte da prefeitura aos moradores da cidade com Covid-19. A fala foi criticada e o parlamentar se desculpou.

“Quem morreu, é porque tinha que morrer. Não foi por falta de leitos, não foi por falta de profissional”, disse.

A afirmação do parlamentar foi feita na segunda-feira, 17. Ele estava elogiando a atuação da prefeitura no combate à Covid-19 no momento da fala.

Depois, ainda em plenário, ele explicou: “Só fazendo uma correção, presidente: quando eu falei que as pessoas que morreram em função dessa doença da Covid-19, eu quis dizer que não foi por falta de investimento na Saúde, que foi uma fatalidade”, disse.

Nas redes sociais, o vereador divulgou um trecho da sessão em que se justifica e se desculpou pela primeira fala.

“O vereador Delcimar Fortunato vem, por meio desta, se desculpar com todos os familiares das vítimas da Covid-19 pela fala equivocada na sessão ordinária do último dia 17, e reforça que se retratou ainda na sessão, onde quis dizer que as mortes não ocorreram por falta de investimento do poder Executivo, mas por conta das complicações excepcionalmente do vírus”, publicou.

Covid

Conforme dados da Prefeitura de Anápolis, 37.477 pessoas foram diagnosticadas com a doença desde o início da pandemia do coronavírus. Deste total, 1.162 anapolinos morreram em decorrência da Covid-19.

Na rede pública de saúde, a taxa de ocupação de leitos é de 42% para enfermaria e 41% para UTI.

O município ainda recebeu 140.330 doses de vacinas contra a Covid-19. Já foram aplicadas 117.170,  sendo 74.423 de primeira dose e 42.747 de segunda dose.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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