Anatel ampliará uso do 0303 para reduzir telefonemas indesejáveis

Anatel ampliará uso do 0303 para reduzir telefonemas indesejáveis

A partir de 5 de janeiro de 2025, empresas que realizam mais de 10 mil chamadas telefônicas diárias, independentemente do motivo, serão obrigadas a utilizar o prefixo 0303. A medida, estabelecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), visa coibir o grande volume de ligações indesejadas e facilitar a identificação das empresas, proporcionando maior controle e transparência para o consumidor.
 
A Anatel identificou que um pequeno número de empresas é responsável pelo volume intenso de chamadas, utilizando as redes de telecomunicações de forma abusiva e se aproveitando do anonimato para importunar os consumidores. A medida visa equilibrar as regras entre os diferentes setores, simplificando a fiscalização e aprimorando a experiência do consumidor. As empresas que descumprirem a nova regra terão suas chamadas bloqueadas.
 
A responsabilidade de monitorar e identificar as empresas que se enquadram na nova regra será das prestadoras de telecomunicações. A Anatel supervisionará o processo, que será realizado mensalmente. A agência reconhece que nem todas as chamadas realizadas por empresas são direcionadas ao consumidor. Por isso, será permitido que até 10% das chamadas originadas de empresas que adotarem o prefixo 0303 sejam completadas por numeração convencional. Essa exceção se aplica a chamadas internas entre filiais ou com fornecedores, por exemplo.
 
Como alternativa ao prefixo 0303, a Anatel oferece a funcionalidade de Chamada de Origem Verificada. Essa tecnologia, em fase de testes, permitirá que o consumidor visualize na tela do seu telefone os dados de identificação da empresa que está realizando a chamada, além do número. A medida visa fornecer mais informações para que o consumidor decida se deseja atender a chamada.
 
Desde junho de 2022, a Anatel implementou medidas para reduzir o número de ligações indesejadas, incluindo o bloqueio de usuários e a autorização para que as operadoras cobrem por chamadas curtas, com duração inferior a três segundos, originadas dessas empresas. Essas medidas resultaram em uma redução significativa no volume de chamadas abusivas. Adicionalmente, a Anatel lançou o portal “Qual Empresa me Ligou”, que permite aos usuários consultar a empresa responsável por uma chamada recebida em seu telefone fixo ou móvel, utilizando o número de origem.

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Empregos ligados à tecnologia cresceram 95% em 10 anos, diz pesquisa

Estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o número de empregos de profissões ligadas à tecnologia aumentou 95% em dez anos, de 2012 a 2022. A maior variação foi para engenheiro de sistemas operacionais em computação, que apresentou elevação de 741,2% na quantidade de vínculos de emprego no período.

A pesquisa foi feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, e analisou 30 ocupações ligadas à tecnologia que avançaram no mercado de trabalho brasileiro.

Também obtiveram crescimento expressivo as ocupações de tecnólogo em gestão de TI (450,7%), pesquisador em ciências da computação e informática (579,3%), seguidas de engenheiro de aplicativos em computação (258%) e técnico de planejamento e programação da manutenção (191,2%).

Considerando as oscilações em números absolutos, as funções ligadas à tecnologia que tiveram maior crescimento na quantidade de empregos foram: analista de desenvolvimento de sistemas (117.046 vínculos); programador de sistemas de informação (72.332); técnico de apoio ao usuário de internet (36.372); analista de suporte computacional (32.536); e instalador-reparador de redes telefônicas e de comunicação de dados (24.838).

Em 2012, o conjunto das 30 profissões ligadas à tecnologia analisadas na pesquisa tinha cerca de 445 mil vínculos de trabalho. Já em 2022, o grupo atingiu chegou a 868,1 mil postos de trabalho, representando uma alta de 95%.

“A tecnologia pode e vai gerar muito mais transformações econômicas e sociais, bem como no mercado laboral. Mas isso vai depender também dos níveis de digitalização do mercado consumidor, do rol empresarial e da força de trabalho. Isso passa pela sustentabilidade financeira de cada um desses agentes, mas também de ambientes econômico, trabalhista, tributário, social e de regulação mais favoráveis à absorção da própria inovação”, disse Jaime Vasconcellos, da FecomercioSP.

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