Rodrigo Caetano detalha planos da Seleção até a Copa e diz que Ancelotti quer ficar para novo ciclo
Dirigente conta como Ancelotti reagiu a falas de Leão e Oswaldo de Oliveira, explica como será observação de jogadores antes da convocação final e fala de amistosos planejados
Ancelotti quer permanecer na Seleção depois da Copa de 2026, diz Rodrigo Caetano
Ancelotti quer permanecer na Seleção depois da Copa de 2026, diz Rodrigo Caetano
As polêmicas declarações de Leão e Oswaldo de Oliveira não abalaram o técnico Carlo Ancelotti, nem tiraram o ânimo dele em comandar a Seleção. Pelo contrário: o italiano demonstra interesse em seguir à frente do Brasil mesmo após a Copa do Mundo de 2026. Quem afirma é Rodrigo Caetano, coordenador das seleções masculinas da CBF.
Em entrevista ao ge, o dirigente relatou que Ancelotti está disposto a colaborar não só com a Seleção, mas também com melhorias estruturais ao futebol brasileiro, seja aconselhando, participando de debates ou compartilhando suas experiências.
Neste bate-papo, Rodrigo Caetano detalha o planejamento da Seleção até a Copa, da análise dos possíveis convocados à definição de amistosos e locais de treinamento na busca pelo hexa. Confira!
Você é uma das pessoas que mais lida com o Carlo Ancelotti no dia a dia desde a chegada dele ao Brasil. Como ele foi impactado pelas declarações do Leão e do Oswaldo de Oliveira? Ele se abalou? – Eu posso te garantir que hoje o Ancelotti é um amigo que eu construí e as coisas acontecem ao natural, não teve nenhuma questão de “forçação”, não. Temos uma confiança mútua e isso foi crescendo ao longo do tempo. Eu posso te afirmar que, em momento nenhum, ele se sentiu atingido (pelas declarações de Leão e Oswaldo), porque ele entendeu que a opinião de dois profissionais é a opinião deles. É claro que foram totalmente inadequados, primeiro porque um evento como esse, da Federação Brasileira de Treinadores, tinha tudo pra ser divulgado de forma altamente positiva, ficou direcionado justamente pra fala de dois treinadores brasileiros. Ele sabe também que não é a opinião da maioria, porque tanto eu como ele tivemos inúmeras manifestações, telefonemas, mensagens a respeito justamente disso. “Olha, a opinião é única e exclusivamente deles.” Então acho que ele conseguiu separar, ele é experiente, está super satisfeito morando no Brasil, está feliz.
– Por mais que ele tenha vindo para cá com um contrato e uma missão até a Copa do Mundo, eu tenho certeza absoluta que ele gostaria muito de permanecer para o novo ciclo, não tenho dúvida nenhuma. E penso, em uma opinião pessoal também, que isso certamente daria a ele uma possibilidade muito maior de desenvolver o trabalho, porque ele vai fechar um ano na Copa de 2026. Você depois, conhecendo a seleção, conhecendo mais o futebol brasileiro, ambientado no futebol brasileiro, um cara vencedor do jeito que é, ele vai poder desenvolver com muito mais tranquilidade essa chegada até 2030, uma possível transição de muitos jogadores, que naturalmente e obrigatoriamente teremos. E ele está muito feliz. Se qualquer tipo de comentário diferente disso o atingisse, ele talvez não pensasse, como eu li muito: “o Ancelotti ficou desgostoso.” Pelo contrário!
– Ele está muito feliz aqui com a estrutura que a CBF coloca, com a tranquilidade que ele tem, e o desejo dele é de continuidade.
– Eu, como gestor, seja na CBF ou em clube, sempre defendi continuidade, principalmente quando você tem caras assim como ele, que dispensam qualquer comentário em relação à capacidade, gestão de pessoas, o trato com as pessoas, enfim. Acho que ele ainda tem muito para colaborar com o futebol brasileiro, mas muito mesmo.
Carlo Ancelotti e Rodrigo Caetano em treino da seleção brasileira — Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Carlo Ancelotti e Rodrigo Caetano em treino da seleção brasileira — Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Você fala que o Ancelotti tem o desejo de continuar e, me parece, que essa também é uma vontade da CBF. O que falta então para sacramentar a renovação? – Na verdade, eu estou falando por ele e a minha opinião como profissional da área, mas a CBF tem o presidente, tem os vice-presidentes, eu estou trazendo esse assunto justamente por conta desses questionamentos. É tão incontestável o desejo dele permanecer que é por isso que é importante o torcedor e vocês todos que nos acompanham saberem que ele respeitou… É óbvio que por ele estar sendo homenageado é que foi um fórum inadequado. Mas em nada modifica o desejo dele de permanência, a gana dele de fazer um grande trabalho, uma grande Copa do Mundo 2026 e, quiçá, dar continuidade até a próxima Copa.
Eu sei que o Ancelotti tem muitas responsabilidades à frente da Seleção e conta com um tempo curto de trabalho até a Copa. Mesmo assim, com a presença dele na CBF, vocês também o procuram para aconselhamento e sugestões de melhorias do futebol brasileiro como um todo? – Institucionalmente, sim. Isso é fato e é constante. Teremos aí o “Summit”, da CBF Academy, no dia 26, quando ele vai participar. O tempo todo ele se coloca à disposição. O próprio evento da Federação Brasileira de Treinador, quando ele recebeu o convite, ele falou: “eu faço questão.” Ele que fez o convite para representantes da a Federação Espanhola estarem no evento, quer dizer, ele quer ter essa troca, ele quer ser colaborativo com o futebol brasileiro em todas as instâncias.
– Já conversamos a respeito de questão dos gramados, de padronização, sobre arbitragem, ele está o tempo todo na CBF, ele não deseja ser apenas o treinador da seleção brasileira, ele está ali como alguém que carrega uma enorme bagagem vencedora à disposição da instituição. Ele vem fazendo isso, vem também participando de ideias em relação às próprias licenças dos treinadores, junto à CBF Academy e o IDP. Eu vejo essa integração, o desejo. Quando ele vai nos estádios fazemos a nossa agenda com ele, ele adora, ele curte isso. Ele se sente cada vez mais uma peça importante nesse processo. Ele não quer ser apenas o treinador da seleção brasileira e, no dia que encerrar o vínculo dele, voltar ou treinar em outro…
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