O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, fez um alerta aos colegas da Corte e ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), apontando para o risco de aumento da tensão institucional. A inclusão do pastor Silas Malafaia no inquérito da PF que investiga o presidente Jair Bolsonaro pode inflamar os evangélicos e gerar repercussões significativas.

Mendonça destacou que a situação envolvendo Malafaia poderia representar um elemento de desestabilização, e que era essencial que todas as partes envolvidas agissem com cautela. O ministro expressou preocupação com a possibilidade de a inclusão de Malafaia no inquérito desencadear uma reação em cadeia entre os evangélicos, gerando tensões dentro e fora do Judiciário.

Ao dirigir-se a Hugo Motta, Mendonça ressaltou a importância de considerar as repercussões políticas e sociais em relação à investigação de Malafaia. Ele alertou sobre as possíveis ramificações dessa inclusão e pediu que fossem adotadas medidas para evitar uma escalada de conflitos entre os poderes.

Diante do cenário delicado, Mendonça enfatizou a necessidade de diálogo e moderação na condução do caso, visando minimizar os impactos negativos que uma possível tensão entre o STF e a comunidade evangélica poderia causar. O ministro salientou a importância de preservar a estabilidade institucional e buscar soluções que promovam a harmonia entre os poderes.

A atitude preventiva de Mendonça refletiu a preocupação com a manutenção do equilíbrio político e social diante da inclusão de personalidades influentes como Malafaia em investigações que podem ter desdobramentos significativos. Seu alerta visou mitigar os impactos negativos e evitar uma polarização que poderia agravar as tensões já existentes.