Andropausa e Perimenopausa: Sintomas, Cuidados e Qualidade de Vida aos 40+

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Andropausa: compreenda os sintomas e saiba como cuidar da saúde para manter qualidade de vida

A mudança nos níveis hormonais não afeta apenas as mulheres na menopausa. Entre os homens, a chamada pré-andropausa também pode trazer sintomas que impactam diretamente a autoestima e a qualidade de vida. Foi o que aconteceu com o aposentado Neraldo Batista, que aos 50 anos começou a enfrentar novos desafios. Com o corpo desacelerando, ele passou a lidar com pré-diabetes, hipertensão, sinusite e refluxo. Mas foi ao descobrir que seus níveis de testosterona estavam abaixo do ideal que percebeu a necessidade de mudar de rotina.

“Minha testosterona estava em 373, quando o normal é acima de 400. Eu vivia irritado, sem disposição. Até para pegar um copo d’água, eu reagia com raiva. Foi aí que entendi que algo não estava certo”, contou.

Assim como os homens, as mulheres também enfrentam transformações hormonais significativas. Na perimenopausa, fase que antecede a menopausa, os sintomas são intensos e afetam o dia a dia. “Quando a mulher chega à menopausa, o hormônio já estabilizou, mas as repercussões de saúde, como dores articulares, se tornam mais evidentes. Por isso, quanto mais cedo os sinais são percebidos, menor o impacto no corpo”, explica uma especialista.

Apesar das dificuldades, médicos destacam que pequenas mudanças de hábitos podem reduzir sintomas e melhorar o bem-estar. Alimentação equilibrada, sono regulado e atividade física estão entre as principais recomendações. “A partir dos 40 anos, academia não é mais opcional. O músculo é o maior órgão endócrino que temos. Não se trata apenas de estética, mas de funcionalidade do corpo”, reforçou uma profissional de saúde.

A professora Fernanda Almeida sentiu os efeitos de forma precoce. Aos 39 anos, após retirar o útero, entrou em perimenopausa. “Foi uma mudança drástica. Precisei reformular meu estilo de vida com reposição hormonal, acompanhamento médico, alimentação saudável e atividade física. Foi o que me devolveu qualidade de vida”, disse.

Já Neraldo deixou o sedentarismo para treinar levantamento de peso cinco vezes por semana. Abandonou bebidas alcoólicas e mudou a alimentação. O resultado foi expressivo: perdeu 13 quilos, regularizou a glicemia e estabilizou a pressão arterial. Além disso, seus níveis de testosterona voltaram ao normal. “Hoje não tomo mais remédios. Minha pressão é 11 por 7, minha glicemia está controlada e minha testosterona subiu para 1.015. Foi uma transformação completa”, comemorou.

Especialistas lembram que saúde vai além da ausência de doenças e envolve também equilíbrio físico, mental e social. Para muitos, como Neraldo e Fernanda, dar o primeiro passo foi decisivo. “Quando a gente começa a se ouvir e coloca o corpo em movimento, os hormônios obedecem. A mudança de vida vem como consequência”, destacou o aposentado.

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