Angola lançou o concurso público internacional de concessão para exploração, gestão e manutenção do Caminho de Ferro de Moçamedes, por 30 anos, com a possibilidade de extensão por mais 20 anos, incluindo ligações à Namíbia ou Zâmbia. A data indicativa para propostas é 04 de maio de 2026. O secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, enfatizou a importância do Corredor do Namibe para o desenvolvimento socioeconómico da região sul de Angola e do país. A modernização, a expansão e potenciais conexões são estratégias-chave para impulsionar o desenvolvimento. O diretor nacional para a Economia das Concessões, Eugénio Fernandes, mencionou que já estão sendo realizados trabalhos técnicos para a ligação ferroviária com a Namíbia, beneficiando a Santa Clara, no Cunene.
O contrato prevê um prémio de concessão que será repartido entre os Ministérios dos Transportes e das Finanças. Os requisitos para participar incluem experiência em gestão de infraestruturas, volume de negócios anual acima de 50 milhões de dólares e situação patrimonial líquida superior a 12 milhões de dólares por ano. O projeto visa impulsionar a produção nacional e a criação de empregos. Com investimentos em infraestrutura e logística, o Corredor do Namibe tem potencial para aumentar significativamente o transporte de mercadorias. A visão é elevar a capacidade de transporte de cerca de 200 mil toneladas para cerca de cinco milhões de toneladas por ano em uma década de concessão. Esta iniciativa visa fortalecer a economia local e promover o desenvolvimento sustentável.



