Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, anunciou que acionará a comissão de ética do PT após Washington Quaquá, vice-presidente do partido, defender os irmãos Brazão, acusados de encomendar o assassinato de Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.
A decisão foi comunicada pela ministra por meio das redes sociais. Na publicação, Anielle considerou a atitude de Quaquá como ‘inacreditável’ e informou que as pessoas se ‘aproveitam’ ao usar o nome da irmã.
“Minha família e a de Anderson ainda choram todos os dias pelas nossas perdas e lutamos duramente pra que a justiça começasse a ser feita.”, disse a ministra no comunicado. “Vou protocolar nas instâncias do partido um pedido na comissão de ética pro dirigente que se utiliza desse caso de maneira repugnante e que é contra a postura do próprio governo e do partido”.
Publicação de Washington Quaquá
Prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente nacional do PT, Quaquá publicou no Instagram uma foto ao lado de familiares de Domingos Brazão, preso no ano passado por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, em 2018. Na publicação, o político declarou que “não pode se calar” sobre o assunto e declarou que “não pode se calar” sobre o assunto e que não existe provas que incriminem os acusados.
“Não sou um rato que se esconde no esgoto para fugir da luz. Eu tenho honra e não vou trocar a verdade por medo de prejuízos de imagem! Deus, o cristianismo e o marxismo me ensinaram que só a verdade liberta, só a verdade e a realidade são critérios de validade!”, disse o político.
Quaquá disse ainda que “usaram a família Brazão de bucha de canhão para ocultar, inclusive, o fato de que o assassino brutal (Ronnie Lessa) esteve um dia depois no condomínio onde moram [o ex-presidente Jair] Bolsonaro [PL] e seu filho”. Ele afirmou que “isso foi deixado de lado pela investigação”.