A Anistia Internacional condenou veementemente o patrocínio feito pela República Democrática do Congo ao Barcelona. A organização não governamental, que busca defender os direitos humanos em todo o mundo, afirmou que o esporte não deve ser utilizado como uma vitrine para encobrir violações desses direitos. O Barça assinou um acordo comercial no valor de cerca de 40 milhões de euros (R$ 254,1 milhões) com a agência de turismo congolesa, com duração de quatro anos.
No último jogo do Barcelona contra o Levante, o clube exibiu o slogan “RD Congo – Coeur d’Afrique” no uniforme de aquecimento. A partida resultou em vitória para o time catalão por 3 a 2. A Anistia Internacional ressaltou que a República Democrática do Congo é palco de um conflito armado com o Ruanda, o qual tem gerado violações de direitos humanos que podem ser consideradas crimes de guerra, incluindo abusos generalizados contra a população civil.
Além disso, a organização mencionou restrições à liberdade de expressão para ativistas, jornalistas e outros indivíduos, indícios de tortura e um elevado número de condenações à morte no país africano. A Anistia lembrou que a RDC também possui contratos de patrocínio com outras equipes, como o Milan e o Monaco. O acordo com o Barcelona inclui a promoção do país no Espai Barça e a colaboração em projetos educacionais da fundação do clube.
O Barcelona, por sua vez, não se pronunciou oficialmente sobre a crítica da Anistia Internacional até o momento. O clube catalão lançou sua terceira camisa para a temporada 2025/26, sem mencionar o patrocínio controverso em sua divulgação. Enquanto isso, a questão do patrocínio de empresas ou países envolvidos em violações de direitos humanos segue sendo debatida no meio esportivo global, com protestos e contestações sendo levantadas em diversos clubes e competições.
É essencial que organizações como a Anistia Internacional continuem alertando para questões sensíveis como essa, garantindo que o esporte não seja utilizado como uma ferramenta para encobrir problemas graves. A transparência e a responsabilidade são fundamentais quando se trata de parcerias comerciais no mundo do futebol, e a pressão da sociedade civil e da mídia pode ser determinante para a mudança de posturas e comportamentos. A atenção para situações como essa é crucial para a promoção dos direitos humanos e a mitigação de impactos negativos causados por alianças questionáveis.