O DE realiza o leilão nesta terça-feira (17) para exploração de petróleo e gás na Bacia Potiguar, localizada a aproximadamente 398 km de Fernando de Noronha. No entanto, a iniciativa tem gerado preocupações entre ambientalistas, moradores da ilha e representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Eles alertam para os possíveis riscos de um desastre ambiental que poderia afetar a região.
Os especialistas ressaltam que as correntes marítimas presentes na região podem transportar o óleo resultante de um possível vazamento para Noronha em um curto período de tempo, caso ocorra algum incidente durante as atividades de exploração de petróleo e gás. O Instituto Arayara realizou um estudo dos riscos envolvidos e entrou com uma ação na justiça para interromper o leilão, porém a área continua agendada para ser leiloada.
Vinicius Nora, gerente de operações do instituto, destaca que os blocos em questão estão localizados na cadeia marinha de Fernando de Noronha, uma região de grande importância ambiental devido à presença de montanhas submersas e corais. Qualquer vazamento de petróleo representaria um desastre irreversível para a economia local, que depende fortemente do turismo.
Este será o terceiro leilão realizado pela ANP que oferece a área para exploração de petróleo e gás. Nas duas vezes anteriores, não houve propostas para os lotes próximos à ilha. A campanha Salve Noronha foi lançada para conscientizar a população sobre os potenciais riscos associados à exploração de recursos naturais na região.
Em resposta às preocupações levantadas, a ANP enfatizou que não há blocos próximos à região de Fernando de Noronha em oferta no leilão, e que todas as atividades de exploração requerem licença ambiental emitida pelo órgão competente. A Agência destaca a importância de seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Energética para garantir a segurança e a sustentabilidade das operações.
Diante disso, a discussão em torno do leilão continua, com diferentes perspectivas sobre os potenciais impactos ambientais e econômicos envolvidos. Enquanto a ANP busca promover o desenvolvimento energético, ambientalistas e comunidades locais manifestam suas preocupações e buscam garantir a preservação da biodiversidade e da economia baseada no turismo em Fernando de Noronha.
